Virou ‘novela’ o alardeado encontro entre o presidente Donald Trump e o ditador Kim Jong-un

Ontem, o presidente americano, por meio do seu porta-voz, teria desmentido ter intenção de se encontrar com o ditador norte-coreano. A imprensa mundial divulgou a reviravolta maciçamente. Hoje, nova decisão: Trump quer apertar a mão do "homenzinho dos foguetes", apelido que deu a Kim após ser chamado por ele de "velho gagá"

Se as temíveis bombas e testes nucleares norte-coreanos cessaram desde o último dia 28 de novembro, é sinal de que o ditador Kim Jong-un mudou sua estratégia de provocação sangrenta aos EUA e aliados, via foguetes. Principalmente contra os Estados Unidos, elencado pelo gorducho ditador como Inimigo Público Número 1 do seu governo. Trump reagiu à altura, ameaçando “varrer a Coreia do Norte do mapa terrestre”. Farpadas agora na esteira do passado, substituídas por realidades positivas e de pasmo geral do mundo.

O próprio presidente americano fez essa análise ao postar mensagens hoje nas redes sociais, anunciando plena disposição de se encontrar com o seu antigo inimigo. Tudo, lógico, em nome da paz mundial, sem submissão dos EUA, conforme exposição de defensores do truculento bilionário. Isso porque, ontem, as mesmas redes sociais anunciavam o contrário: Donald Trump teria recusado o encontro por não confiar nas propostas do ditador. Os EUA exigem a desnuclearização da península coreana.

Só não se sabe se a data previamente agendada pela Casa Branca permanece (maio). O mais importante é que a arrogância exacerbada dos dirigentes da Coreia do Norte e EUA foi amenizada abruptamente. Aceno típico de uma bandeira branca providencial. Veio em hora quase tardia, quando o mundo todo já apostava numa guerra irreversível e de proporções catastróficas para esses países, com reflexos impensáveis para o restante do mundo.

Resta aguardar os próximos capítulos dessa novela estranhíssima, em que um João Teimoso Coreano simula ataques e agora simula cordiais apertos de mãos com o “velho gagá” Trump, apelido provocativo. Talvez amanhã o próprio Donald Trump mude novamente de opinião, postando nas redes sociais que não deseja ver o “porquinho da Índia” nem pintado de ouro. Mais um apelido que Kim Jong-un ganhou nesse matraquear insosso de meses contra Trump.

Ou talvez – e isso realmente é arrepiante – o ditador coreano resolva debochar de Trump e dizer que ele é marionete da Coreia do Norte ao aceitar o inusitado encontro. E volte a disparar mísseis pretensiosamente atômicos a torto e direito. A insinuação é clara: ou os EUA se rendem ao seu poderio bélico ou será o Tio Sam que vai virar pó. Tal como o homem veio ao mundo.

Por João Carlos de Queiroz

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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