Trudeau cobra presença canadense em investigação sobre queda de avião
Aeronave foi derrubada por míssil iraniano ao decolar do Irã
Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil – Brasília – O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse ter conversado, por telefone, com o presidente do Irã, Hasan Rohani, na manhã de hoje (11). Trudeau disse que classificou a admissão, pelo governo iraniano, de que um míssil lançado pelo país atingiu o Boeing 737 da companhia Ukraine Airlines, como um primeiro passo importante “para dar respostas às famílias” das 176 vítimas do abate do avião, das quais 57 eram canadenses.
Em Ottawa, Trudeau contou a jornalistas que também disse ao presidente iraniano que “é absolutamente necessário que o Canadá participe da investigação” sobre o incidente, ocorrido na última quarta-feira (8), pouco após a aeronave que fazia o voo PS 752 da companhia aérea ucraniana decolar do Aeroporto Imam Khomeini, em Teerã.
“O Canadá e o mundo ainda tem muitas perguntas”, disse o primeiro-ministro canadense aos jornalistas, referindo-se aos motivos para que o Irã derrubasse um avião civil ucraniano que transportava civis de diversas nacionalidades.
Esta manhã, ao confirmar que mísseis lançados de um centro militar iraniano atingiram a aeronave, o presidente Hassan Rouhani afirmou que o Irã “lamenta profundamente” a ocorrência do que classificou como “uma grande tragédia e um erro imperdoável”.
Segundo Rouhani, o avião da Ukraine Airlines teria sido confundido com um míssil, em um “lamentável erro humano”, cometido em meio às tensões com os Estados Unidos. “Nestas condições, devido a um erro humano e de uma forma não intencional, o avião foi atingido”, afirmou o mandatário iraniano.
Antes mesmo da tragédia com o Boeing 737, várias companhias aéreas, como a Emirates, a Lufthansa, a Air France e a Quantas, tinham decidido redirecionar parte de seus voos a fim de evitar sobrevoos sobre o espaço aéreo do Irã e do Iraque em decorrência da crescente tensão no Oriente Médio – resultado do ataque dos Estados Unidos que resultou na morte do general iraniano Qassem Soleimani, líder da Força AI Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária iraniana, e segundo homem mais poderoso do país.
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