Temer defende mobilização de parlamentares e empresários para reformar a Previdência
O presidente da República, Michel Temer, defendeu nesta sexta-feira (8) a mobilização de empresários e parlamentares para a reforma da Previdência ser aprovada no Congresso Nacional. Com votação em primeiro turno prevista para 18 de dezembro, a proposta prevê uma idade mínima para aposentadorias e estabelece regras semelhantes para políticos, altos funcionários públicos e trabalhadores da iniciativa privada.
“Eu peço aos senhores para se mobilizarem, não só os dirigentes da Abinee, mas a todos os empresários, porque isso interessa fundamentalmente ao empresariado do nosso país”, disse Temer, a uma plateia formada por empresários e políticos, durante o almoço anual da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), em São Paulo. “Nós haveremos de fazer a reforma da Previdência, e esta é fundamental para o País”, completou.
Para Temer, há muita informação equivocada rodando o Brasil sobre a reforma da Previdência. Aos empresários, ele reforçou que a proposta não mexe em direitos adquiridos, atingindo apenas privilégios que existem no sistema. Segundo o presidente, o problema é não alterar o regime previdenciário. “Terá prejuízo o Brasil, terá prejuízo os aposentados, terá prejuízo aqueles que irão aposentar-se, não é?”, disse.
Fora do papel
No discurso, Temer ressaltou a agenda reformista empreendida desde maio de 2016, quando assumiu o Governo do Brasil. Propostas como a reforma do ensino médio; a liberação dos recursos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a redução da idade para saque dos valores PIS/Pasep e a criação do teto de gastos eram medidas discutidas há muito tempo, mas nunca colocadas em prática.
“Quero recordar que estamos tirando do papel, ousadamente até, mas saudavelmente, matérias que estavam paralisadas há muito tempo. Estas todas que eu acabei de enunciar eram discutidas há muito tempo, 10, 15 anos, como esta de hoje, acabo de ouvir que há mais de 10 anos se discute essa matéria, e não se solucionava. Nós a solucionamos”, afirmou Temer.
Essas mudanças foram possíveis, de acordo com Temer, aos conceitos básicos do Governo do Brasil: diálogo, responsabilidade fiscal e social. “Esta coisa do diálogo com o Congresso Nacional é que nos permitiu, por exemplo, a fazer o que fizemos”, disse.
Fonte: Planalto
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