“Seo Fiote”: história de legado empreendedor do patriarca dos Campos é tema de livro do jornalista João Carlos Vicente Ferreira

Texto: João Carlos de Queiroz – No seu aniversário (hoje,11.12), o ex-governador Júlio Campos, uma das lendas vivas da política mato-grossense, irá participar logo mais (19h), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, juntamente com outros familiares, do lançamento do livro “Seo Fiote”, um homem de palavra, de autoria do jornalista João Carlos Vicente Ferreira. A obra discorre, de forma detalhada, acerca da trajetória política e empreendora de Júlio Domingos Campos, conhecido popularmente no Estado por “Seo Fiote”. Outras autoridades do Estado, em âmbito municipal, estadual e federal, já confirmaram presença nesta solenidade.
Em entrevista hoje cedo ao “Programa da Gente”, do jornalista Laertes Lannes, o ex-governador mato-grossense disse que sua família está realmente sensibilizada em poder divulgar, via livro, alguns dos principais épicos de vida do seu genitor. “Há muito mais para se dizer sobre quem foi “Seo Fiote”, isto demandaria volumes. De certa forma, condensamos neste livro os principais pontos de suas memórias. Elas são contadas de maneira relativamente simples, mas sedutora. Quem começa a ler, pelo seu conteúdo fortíssimo, interessante, não consegue parar antes da última página…” – comemora.
Sereno empreendedor, sem nunca perder a objetividade determinada: assim viveu “Seo Fiote”
Conforme o aniversariante, seu pai partiu no auge da lucidez. “Nada nele dizia que estava debilitado a ponto de não resistir. “Seo Fiote” sempre foi muito forte, e, ao nos deixar, parecia impossível que aquele homem tão resistente, desafiador, de repente tivesse se rendido. Partida que ocasionou um vácuo profundo, um sentimento coletivo de orfandade, e não apenas em relação aos filhos, mas também aos demais parentes, amigos, admiradores… Ninguém admitia perdê-lo, pois era referência de sereno equilíbrio a todos”, comentou Júlio.
O ex-governador também frisou ser uma honra geral da família poder lançar um livro que retrate parte da genialidade existencial do patriarca, praticamente um dos responsáveis por grandes avanços políticos e empresariais concebidos nos rincões mato-grossenses e na sua região de origem:
“Isso é fato incontestável. Sentimo-nos imensamente honrados em saber que, doravante, “Seo Fiote” terá espaço imortal não apenas nos nossos corações saudosos, mas também na biblioteca oficial de obras literárias que imortalizam personagens de vulto no País. Livro de texto primoroso, habilidoso, fecundado pelas mãos hábeis e mente privilegiada do jornalista João Carlos Vicente Ferreira, que se debruçou para concebê-lo sem omitir as “vírgulas” mais importantes do legado de “Seo Fiote”. O próprio título da obra sintetiza sua personalidade: “Homem de palavra”. Foi mais do que isto: foi um homem além do seu tempo, predestinado à construção de ideais que nem todos cumprem. A palavra sempre teve poder documental para ele”.
Júlio Campos ainda destacou que uma das qualidades do “Seo Fiote” também estava centrada num otimismo determinado de vencer quaisquer obstáculos. “Nunca desistia, tinha o astral elevado; dizia que, “pensar positivo é o melhor caminho que o homem deve eleger para se situar nas perspectivas de sucesso que almeja para si e os demais que ama, ou àqueles quer beneficiar coletivamente”, a exemplo da população atendida por gestores públicos. Atuou desse modo sem se desvencilhar de íntegra gama de valores éticos e morais. E por não ser nenhum reles sonhador, desbravou horizontes políticos e empresariais mantendo os pés firmes no chão. Dessa forma pôde construir um império empresarial e político no seu entorno, cujas raízes são fecundas nos dias atuais”.
“Seo Fiote” faleceu aos 91 anos, após feliz convivência com sua companheira, dona Amália Curvo de Campos, com quem gerou prole extensa. Nasceu na divisa de Várzea Grande com Livramento (Fazenda Caninana), em 09 de janeiro/1917, região natal amada intensamente. Ainda em vida, ficou imortalizado no Estado pela sua integridade moral, caráter exemplar evidenciado em ações de ordem pública, no setor privado e junto à família.
 

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