Seleção canarinho decepciona na estreia, após gol de Philippe Coutinho. Torcida brasileira temeu goleada. Neymar sumiu em campo…

Seleção Brasileira estava irreconhecível ao enfrentar a excelente Suíça. Os jogadores não se encontraram em campo, perdendo passes e jogadas. O domínio do adversário se destacou naturalmente. E assim transcorreram os dois tempos da partida. Agora, os atletas canarinhos sonham em vencer as próximas partidas. Mas deveriam pelo menos pensar em jogar melhor. Porque, se repetirem o fiasco de hoje, a equipe fará as malas mais cedo do que imagina de volta para o Brasil...

Redação site – Foi um resultado decepcionante e ultrajante à promessa de domínio integral de bola por parte da Seleção Brasileira, o que não aconteceu: a pomposa seleção verde-amarelo esteve perto de levar hoje (17) uma goleada similar à que sofreu da Alemanha na Copa de 2014, o inesquecível repeteco de gols (7 x 0). Isso ficou evidente por conta do despreparo dos seus jogadores ao enfrentar a talentosa e equilibrada Suíça.

Já nos primeiros momentos de jogo, o Brasil se descontrolou e perdeu o controle total do jogo, enveredando por uma série de erros consecutivos. Quadro que se repetiu em parte do primeiro tempo, para, depois, a Seleção Brasileira demonstrar, pelo menos, que sabia o porquê de estar ali: para jogar.

Neymar não mostrou a que veio, atenuante apenas para os puxões de camisa que sofreu em campo e outras perseguições do adversário – irregularidades ignoradas descaradamente pelo árbitro. Mas Neymar não estava 100% fisicamente, e a esperança é de que consiga esse condicionamento tão aguardado pela torcida. Espera-se dele a criatividade de antigamente. Conforme o comentarista Caio Ribeiro (Globo), faltou ritmo de jogo a Neymar. “Jogos amistosos são totalmente diferentes de jogos da Copa. Neymar sentiu isso. Não foi protagonista em nenhum momento da partida”.

“Costa Rica já deu trabalho a várias equipes. E pode ser carrasca da Seleção Brasileira, acaso a equipe não mude a estratégia e desperte para a Copa em andamento”

No reinício do segundo tempo, a Suíça avançou mais ainda e conseguiu emplacar a bola no fundo da rede brasileira, gol que acarretou perplexidade aos torcedores, em geral. Nem a própria torcida da Suíça imaginava que iria ser tão fácil. Já sem fôlego e motivação em campo, a Seleção Brasileira se entregou finalmente à força dominante do adversário. Somente nos minutos finais do jogo, no desespero de causa para tentar vencer, tentou reverter o placar de 1 x 1, com novas tentativas novamente frustrantes, inúteis.

Esse empate mereceu observações e pitos por parte de técnicos e comentaristas do mundo inteiro. Arnaldo César Coelho e Galvão Bueno (Globo) foram enfáticos: “Não há discussão: empatamos. Aliás, não temos nem o que discutir. Para isso {correções de lances} inventaram o tal de árbitro de vídeo, assistente da arbitragem”, disse Galvão.

Arnaldo concordou ao destacar que a validação do gol adversário decorre de erro grave da arbitragem. “Se o árbitro estivesse olhando, teria visto o empurrão sofrido por Miranda, a puxada de camisa, e aí marcado a falta. Foi lance de pelada. Mas o erro maior é do árbitro de vídeo, que tem imagem clara da ocorrência. Ficou calado”.

Ambos os comentaristas concordam: “Não existe jogo fácil, e o Brasil aprendeu isso hoje. Mais uma vez, na verdade. O jogo de estreia da nossa Seleção foi decepcionante para quem apostava que ela venceria com relativa tranquilidade”.

No término do jogo, cabisbaixos, os jogadores desceram rápidos para os vestiários. Poucos repórteres conseguiram entrevistas com membros da equipe brasileira. O autor do único gol do Brasil, Felipe Coutinho, reconheceu ter enfrentado uma grande equipe, a da Suíça. “Ainda temos Copa pela frente, e vamos insistir para vencer. Infelizmente, tomamos um gol surpresa. O importante é a seleção ganhar e jogar bem. A equipe está com uma mentalidade forte, acredita na vitória”.

Miranda, por sua vez, falou sobre o empurrão que sofreu, falta não assinalada pelo árbitro. E discorreu sobre suas impressões na estreia da Copa: “A gente sabia que não ia ser fácil. Tem o árbitro de vídeo, “eles” viram. “Acharam” que não foi pra tanto. Enfim, tentamos impor nosso ritmo, mas erramos muitos passos e jogadas. O adversário cresceu no jogo porque tem qualidade. O objetivo agora é buscar os três pontos no próximo jogo, contra a Costa Rica, na sexta. O fato de não vencermos na estreia não abala, é normal. Tem seleção que já iniciou perdendo”.

Marcelo, o capitão da Seleção Brasileira, amenizou o erro do juiz ao não penalizar o jogador que cometeu falta contra Miranda. “A jogada toda foi um erro. Mesmo com o testemunho do árbitro de vídeo, assistente de arbitragem, a falta não aconteceu. Hoje, infelizmente, não conseguimos ser vitoriosos. Mas temos dois jogos aí para ganhar”, justificou confiante.

O mais importante, ainda na avaliação do capitão Marcelo, é que o Brasil está novamente na Copa e é um adversário focado em vencer e trazer a taça. A exemplo de Galvão Bueno, também salientou que a história do futebol brasileira não se resume a um jogo de empate, “é preciso retroceder e relembrar as várias conquistas dos atletas da seleção”, palavras do comentarista.

“Galvão falou bem: jogar contra a Suíça é sempre complicado. Soma-se a isso a tensão normal reinante nos jogos da Copa. Ganhar fácil só ganhou mesmo a Rússia, ao meter 5 x 0 contra a Arábia Saudita no jogo de abertura da Copa” – endossou.

 

Comentários estão fechados.