Segurança Pública e combate ao tráfico de drogas marcam discurso de Pinheiro em reunião com o presidente Temer

Na reunião gestores discutiram medidas efetivas para resgatar a tranquilidade da população e preservar os cidadãos de bem

Rafaela Gomes Caetano – Garantir a segurança pública e combater o tráfico de drogas em Cuiabá são duas das maiores preocupações do prefeito Emanuel Pinheiro e elas marcaram o seu discurso durante a reunião realizada pelo presidente Michel Temer, nesta quarta-feira (07). O encontro, que durou cerca de três horas, contou com a presença dos chefes do Executivo de diversas capitais do Brasil e foi permeado por um profundo e amplo debate sobre medidas efetivas que resgatem a tranquilidade da população e preservem a integridade dos cidadãos de bem.

Ao longo do denso diálogo, o gestor municipal pontuou a ousadia do presidente em trazer o assunto para dentro do Palácio do Planalto, envolvendo os Estados e capitais no processo de construção de uma nova política administrativa da segurança pública. Para Pinheiro, é fundamental colocar todas as situações e dificuldades enfrentadas às claras, principalmente considerando que as cidades que mais sofrem com os efeitos da criminalidade são as metrópoles.

“O desenvolvimento das capitais acaba trazendo alguns efeitos nocivos e é crucial que município, Estado e governo federal se aliem nessa luta, para que possamos certificar uma qualidade de vida melhor para o povo brasileiro. Temos uma responsabilidade enorme enquanto gestores e não podemos dar às costas para os níveis da marginalidade, que têm tirado a paz de famílias ao redor do país. Diante deste contexto preocupante que enfrentamos, é preciso honrar o investimento do presidente Temer em trazer esta temática para perto, com o objetivo de pensar em soluções conjuntamente. Mas é prudente também dizer que as medidas aqui propostas são repressivas e atacam apenas os efeitos do problema. É preciso também pensarmos em alternativas que venham de encontro com a causa dessa insegurança nacional e sabemos que o tráfico de drogas é uma delas. Cuiabá sofre muito com isso, além de ser a porta de entrada para carregamentos vindos da Bolívia. Temos uma fronteira muito ampla com o país vizinho e é necessário que o governo nos ajude a proteger nossas divisas, junto ao Exército e a Polícia Rodoviária Federal”, afirmou o prefeito.

Cercado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e pelos ministros Raul Jungmann (Segurança Pública), Carlos Marun (Secretaria de Governo) e Torquato Jardim (Justiça), Temer abordou o Programa Nacional de Segurança Pública, que está sendo planejado mediante a troca de sugestões e interação entre todas as entidades federativas – envolvendo também a sociedade civil. Em seu pronunciamento de abertura, o chefe de Estado pontuou o saldo positivo do encontro passado com os governadores, além de refletir sobre o objetivo da criação do Ministério Extraordinário de Segurança Pública e a importância de restaurar a ordem nos municípios brasileiros. O presidente também incentivou os demais gestores presentes a estenderam este diálogo em suas cidades.

“A medida criadora deste novo ministério é exata e precisamente, além de exercer as funções típicas que cabem à União Federal em matéria de segurança, também promover uma integração e coordenação de toda a segurança pública no território nacional, abrangendo as entidades federativas existentes nessa construção. O objetivo desse encontro é pautar a temática como um dos assuntos fundamentais para o país. O governo federal já conseguiu caminhar em vários setores, gerando aquilo que no nosso lema chamamos de progresso e agora precisamos de ordem, que é a outra epígrafe da nossa bandeira. E este atributo surge quando tomamos a decisão de pautar uma questão dessa magnitude como essencial. Atualmente convivemos com uma preocupação de sair de casa e nós vamos discutir todas as circunstâncias que norteiam essa insegurança e queremos que os senhores façam reuniões deste gênero, para mobilizar o apontamento da segurança pública em suas respectivas capitais”, concluiu Temer.

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