Rosivaldo Sena: Mato Grosso perde um grande jornalista; eu perdi quase um irmão…

Ontem, segunda (22), essa pandemia maldita ceifou também a vida do jornalista Rosivaldo Sena, 65, brilhante  veterano do setor jornalístico em Mato Grosso. Mais do que um profissional capacitadíssimo, Sena era meu amigo particular, pessoa com quem estabeleci laços fraternos desde quando trabalhamos juntos no “Diário de Cuiabá”.

Imagino a dor de dona Benedita, sua nobre companheira de tantos anos de labuta, uma das principais incentivadoras do amigo Rosivaldo para tocar projetos inovadores. Ultimamente, ele se dedicava {mais em casa} ao seu site veicular.

Num breve retrospecto do nosso convívio, durante tantos e tantos anos nunca trocamos palavras ásperas, algo até comum em ambientes agitados de redação, a exemplo do “Diário de Cuiabá”. Rosivaldo tinha sempre um sorriso pronto para qualquer conversa a respeito de trabalho ou outro assunto. Comecei a admirá-lo por essa perseverança otimista.

Após minha saída do “Diário de Cuiabá”, Rosivaldo continuou por ali, aposentando-se com méritos no mesmo lugar. Mas não quis se desligar do matutino, continuando a prestar seus competentes serviços ao jornal. Uma vez, com aquele sorriso costumeiro, ele confessou não conseguir se desvencilhar dessa rotina. “O “Diário” faz parte de minha vida. Simplesmente amo”.

Anos após, pelo fato de sermos editores de Veículos de jornais diferentes, eu e ele participamos de vários eventos automotivos dentro e fora de Mato Grosso. Ainda recordo quando testamos lançamentos veiculares no centro do Rio de Janeiro e São Paulo: Rosivaldo ficava muito nervoso ao dirigir nessas capitais. Ele gostava mesmo é de “testar” os carros de carona, não confiando no GPS. “E se perdermos nesse Rio de Janeiro, cara? Está quase na hora de irmos para o aeroporto…” – disse uma vez.

Enfim, agora ele vai vivenciar outras experiências, certamente bem superiores às que teve oportunidade de experimentar por aqui. E já posso adiantar que, desta vez, não se sentirá tão incomodado, pois vai usufruir da paz celestial que somente Deus proporciona em todas as etapas de nossa existência. Digo isso por acreditar que a morte física é apenas uma passagem efêmera, ponte confiável para uma dimensão muito mais aperfeiçoada e 100% feliz…

Por João Carlos de Queiroz

 

 

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