Rodrigo Narcizo de Souza, a descoberta no trânsito

Conheça a história do Agente de Trânsito da Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá

Ruan Cunha – A história do terceiro episódio da série Perfil é mais contemporânea do que as duas primeiras, pois trará às passagens da profissão de Agente de Trânsito, cargo existente na Prefeitura de Cuiabá há pouco mais de 15 anos. Aprovado no concurso público de 2012, Rodrigo Narciso de Souza, cuiabano de 29 anos, teve o inicio de carreira nos terminais de ônibus onde atuava como fiscal da frota.

Rodrigo relembra as funcionalidades do trabalho na época quando fiscalizava todo o cronograma e ida e vinda dos ônibus, definidos pela atual Secretaria de Mobilidade Urbana, a Semob. “Não só fiscalizava, mas também orientava os usuários do transporte coletivo”, completou o Agente de Trânsito.

Com mais detalhes, ele exemplifica um dos casos de fiscalização como quando uma unidade da frota apresentava defeito mecânico durante sua rota e a responsabilidade de viabilizar a substituição estava entre as funções de seu trabalho de fiscal qual atuou entre 2012 e 2014.

A mudança para a atuação no trânsito havia chego, ainda em 2014, e a transição e adaptação que parecia “estapafúrdia” como o próprio Rodrigo classificou, trouxe a descoberta profissional: “Quando eu fui para o trânsito, eu vi que lá era minha praia. Eu me identifiquei mais com o trânsito do que com o transporte”, contou.

Antes da prática no trânsito, Rodrigo passou pelo curso de formação durante seis meses. De acordo com o Agente de Trânsito, o maior aprendizado da parte teórica, sem sombra de dúvidas, foi à legislação, pois, segundo ele afirma, é o diferencial no contato com o condutor nos trabalhos práticos.

“Você pode ter sido orientado de forma teoria, porém você irá saber desse como agir somente na rua. Lá tudo acontece”, explicou. Rodrigo alguns dos diversos casos, muitos até inusitados, como, por exemplo, situações de ameaças ao Agente de Trânsito. Em 2015, inclusive, houve caso de agressão a um servidor que atuava no trânsito.

Entretanto, Rodrigo salienta que a sociedade tem evoluído nos últimos anos e desmitificado a figura do Agente de Trânsito, popular ‘Amarelinho’. “A sociedade amadureceu muito, pois as infrações têm caído ano a ano. O condutor sabe seu papel e respeita o Agente de Trânsito. Quando o condutor vê nossa atuação na rua, ele sabe que era para o bem da sociedade”, disse.

Nessa linha, a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro tem trabalho para desassociar a figura do Agente de Trânsito às multas. Ações educativas e orientativas (Faixa Cidadão, Agente Mirim, Moto Educação) foram implementadas no primeiro ano de gestão e atingiu em torno de 22 mil pessoas. Esse plano de trabalho corroborou para a redução de 40% de aplicações de multas entre 2016 e 2017.

Além disso, 32 pontos de videomonitoramento foram instalados pelas ruas de Cuiabá, o que contribuiu para mais de 15 mil notificações orientativas aos condutores que cometeram infrações. Os alertas foram de cunho educativo, sem qualquer cobrança de multa vinculada.

Humanização

Rodrigo usa o termo humanização, antes mesmo da tradicional pergunta deste jornalista sobre ações humanizadas da respectiva área do personagem/servidor, bandeira da administração do prefeito Emanuel Pinheiro.

“O trabalho humanizado que existe é a relação entre o Agente de Trânsito e o pedestre. Infelizmente não podemos colocar semáforos e faixas de pedestres na cidade toda, então nas ruas e áreas de grande circulação de pedestres sempre tem um agente instruindo e orientando o trânsito. A presença do agente inibe, principalmente, a alta velocidade porque a maioria dos acidentes está relacionada à alta velocidade”, destacou.

Pessoal

Aos 29 anos, Rodrigo é calmo e tranquilo, como próprio define. Solteiro, costuma aos finais de semana curtir a família em casa. Entre os hobbys, o bom e popular futebol faz parte dos afazeres aos finais de semana.

“Tem que praticar esporte porque nosso trabalho, se não estiver em forma, não consegue ficar 2 horas no semáforo, em pé de baixo de sol e pouca humidade. Então, pratico esporte e sempre estou correndo nos parques para manter o condicionamento”, salientou.

Perfil

A proposta de valorização do servidor público da gestão Emanuel Pinheiro levou a idealização da série Perfil, qual é baseada no gênero literário do jornalismo (perfil) que possui características narrativas de um determinado personagem, no caso o servidor, com relatos de vidas e histórias, tanto da carreira funcional pública quanto pessoal. Deste modo, a cada semana o portal da prefeitura protagoniza um servidor e a sua história, pois uma gestão humanizada se trata, principalmente, da figura humana.

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