Ricardo Oliveira avalia momento do ataque do Atlético-MG

No primeiro ano pelo clube, atacante analisa momento pessoal e as expectativas para o segundo turno do Galo, dono do melhor ataque do Brasileirão

Quinto colocado com 33 pontos, o Atlético-MG lidera o posto de equipe mais perigosa do Brasileirão 2018. Isso se deve aos 36 gols marcados nos primeiros 19 jogos da competição, uma média de quase dois gols por partida. No total, o Galo não balançou as redes em apenas três oportunidades. Recém chegado ao clube mineiro, o atacante Ricardo Oliveira chegou com status de artilheiro, após uma passagem gloriosa no Santos, onde o jogador fez 76 gols, foi eleito o atacante da seleção do campeonato, em 2015, e voltou a vestir a camisa da Seleção Brasileira.  Em entrevista exclusiva para o site da CBF, o camisa 9 do clube forte e vingador comentou sobre a fase que ele e o clube vivem. Para ele, é importante não somente marcar os gols, mas contribuir na criação deles.

– É importante a gente ter esses números positivos. Ser o time que mais fez gols no campeonato, e, falando individualmente, acho que tem sido um momento bem bacana para mim também. Além de fazer os gols, eu tenho participado da criação, na construção, participando diretamente. Acho que são oito assistências para gols até aqui no ano. Eu fico feliz de estar contribuindo para o crescimento coletivo e também me destacando individualmente. Por ser o atacante, o número nove, como referência de gols, eu acho que isso é positivo para o time – ressaltou Ricardo.

Além do posto de artilheiro do time, o atacante tem um papel fundamental na equipe mineira: passar a experiência de seus 18 anos de carreira profissional. Junto de outros atletas mais rodados do grupo, Ricardo exerce uma liderança dentro e fora de campo para os mais novos.

– Eu acho que essa referência é natural por tudo que a gente fez e vem fazendo durante esses 18 anos de carreira profissional. Obviamente, como um dos mais experientes do time, divido essa responsabilidade com o Victor, o Léo, o Fábio Santos, o próprio Elias, que são jogadores experientes, acostumados aos grandes jogos, à pressão, e que têm também uma bagagem para estar podendo auxiliar os mais jovens, dando exemplo dentro de campo, sendo referência fora. É uma liderança natural. A gente sabe que é fundamental dentro de um time, onde cada cabeça pensa de forma distinta. Porém, como é um esporte coletivo, nós temos a responsabilidade de que todos venham a remar para o mesmo lado e procurar dar auxílio para o mais novos, para que eles dêem o resultado que o treinador espera. Que a gente consiga exercer essa liderança de uma maneira positiva – analisou o jogador, responsável por nove gols e cinco assistências do Galo no Brasileirão.

Antes da parada da Copa do Mundo, Roger Guedes era o artilheiro da equipe. Deixou o clube com o mesmo número de gols de Ricardo Oliveira. Uma arma letal da equipe mineira que deixou o Brasil para atuar no futebol chinês, no Shandong Luneng Taishan. A partir daí, Ricardo assumiu o papel de artilheiro e homem gol. Contudo, mesmo com essa perda, outras peças chegaram a equipe, e estão correspondendo muito bem.

– Foi difícil para todos nós quando nos juntamos no inicio do ano com o elenco novo, em buscar o entrosamento com jogadores chegando, que se conheciam só de jogar contra, e, de repente, você está no mesmo time. Contudo, precisa de um tempo para adquirir o entrosamento ideal. Foi muito bom o momento que nós vivemos juntos, mas, com a saída dele, nós tivemos algumas incorporações, como a do Chará. Ele vem dando os resultados que nós esperamos, que o treinador espera e que a diretoria espera. Nós estamos feliz com a incorporação dele e dos demais companheiros que também chegaram. Procuramos facilitar a adaptação deles para que consigam o quanto antes dar o melhor de si para que a gente continue crescendo dentro da competição – disse Ricardo Oliveira.

Em 2015, o camisa nove viveu um ano mágico em sua carreira. Artilheiro do Brasil e do Campeonato Brasileiro, além de postular na seleção da competição, campeão paulista e vice campeão da Copa do Brasil. Contudo, um título nacional faltou para coroar o ano. E esse ano, o atleta tem a oportunidade de alcançar esse objetivo e se mostrou bem confiante para isso.

– 2015 foi um ano muito especial para mim por ter sido o meu retorno ao Brasil, no Santos, debaixo de toda a desconfiança e, graças a Deus, com muito trabalho, ajuda dos meus companheiros, eu consegui fazer um grande ano. Fui artilheiro do Brasil, do Campeonato Brasileiro, campeão paulista e vice campeão da Copa do Brasil. Infelizmente não fiquei com o título do Brasileirão. Com certeza aspiro esse troféu. É uma ambição nossa, a única competição que temos esse ano e nós vamos dar sempre o nosso melhor porque acreditamos que é possível. É difícil, não é fácil, mas é possível. E cada jogo para nós vai ser único, especial, como uma final, porque é nossa única competição, único campeonato que nós estamos. Nós temos que dar o nosso melhor para conquistar o tão sonhado objetivo, que é brigar pelo título do campeonato. Se Deus quiser conquistá-lo. Reforço que não é fácil. Temos adversários que estão na briga, mas nós também estamos. Nós vamos dar o nosso melhor, demonstrar que estamos envolvidos nessa competição – concluiu o camisa 9.

O Atlético-MG volta à campo nesta quinta-feira (23) em confronto contra o Vasco, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro. Porém, um ingrediente a mais deixa o jogo especial para a torcida atleticana. Será o 200º jogo na Arena Independência, em Belo Horizonte (MG).

O Horto, como é conhecido pela torcida, foi palco de partidas históricas do Galo. Como, por exemplo, os títulos dos Campeonatos Mineiros de 2012 e 2017 e os jogos inesquecíveis pela Libertadores de 2013, contra São Paulo-SP, Tijuana (MEX) e Newell’s Old Boys (ARG).

Em 199 jogos disputados desde a reinauguração do estádio, em abril de 2012, o Atlético venceu 132 vezes, empatou 40 e perdeu 27, marcou 394 gols e sofreu 172, com o aproveitamento de 73,03%.

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