Renato Cajá lidera acesso à Série B e faz história no Juventude
Depois da queda no ano passado, Ju teve grande campanha na Série C e brigou pelo retorno à segunda divisão nacional
Assessoria CBF – O Juventude iniciou a temporada com um objetivo claro: retornar para a segunda divisão e honrar sua vitoriosa história. Com muita garra e luta, a meta foi concluída. Nesta segunda-feira (9), quem garantiu a última vaga para a semifinal da Série C e, consequentemente, o acesso foi o Verdão. Renato Cajá brilhou, marcou três vezes e Carlos Henrique completou em uma noite que ficará na memória do torcedor.
Para Cajá, o Juventude foi uma oportunidade de começar de novo. Parado desde setembro de 2018, o meia fez um tratamento para recuperar uma lesão e aceitou o desafio de atuar pelo Ju em junho. Depois, foram cinco gols marcados, artilharia da equipe na competição e o desafio de levar seu time de volta à segunda divisão. Conseguiu. Em sua segunda passagem pelo clube, ele voltou depois de 12 anos para escrever seu nome na história da instituição.
– Estava uma expectativa muito grande, era jogo de acesso, uma decisão para um clube que está querendo recomeçar, por todos os jogadores que estavam aqui e viram uma família. Uma partida muda a história de muitos atletas. Foi muito importante, pude ajudar com três gols e vai ficar marcado para mim. Foi muito emocionante e significativo. Você pega tanta amizade, um sentimento de família que se forma. Então toda campanha é muito importante. Com certeza é um marco. Deixar uma decisão dessa com três gols certamente fica marcado no coração do torcedor e da diretoria. Fico muito feliz por fazer parte dessa história. O clube está querendo voltar à elite, então fazer parte disso é muito bom – explicou o meia.
Experiente, Cajá tem 34 anos e passagens por grandes clubes do país, além de ter jogado fora do Brasil. Na noite desta quarta, foi ovacionado pelos torcedores presentes nas arquibancadas e escolhido como melhor em campo nas quartas de final.
– A torcida é o maior patrimônio do clube. Muitos falam assim só por falar, mas o Juventude é um time de uma cidade pequena que muitos se conhecem, quem está ali é muito família. Então essas pessoas que apoiaram, que lotaram o estádio em uma segunda-feira, estão de parabéns e são sim nosso patrimônio. O acesso também é deles. Uma torcida que está sempre buscando o melhor para o clube. Só tenho a agradecer a todos que fizeram um belo espetáculo – enalteceu Renato.
Juventude-RS x Imperatriz-MA – jogo de volta das quartas de final da Série C 2019
Créditos: Arthur Dallegrave/ECJuventude
O rebaixamento foi decretado no dia 9 de novembro de 2018. Desde então, foram exatos dez meses até o retorno para a Série B. Com mudanças, expectativas, frustrações, vitórias e muita luta, o Juventude fez sua caminhada para o retorno com muito empenho. Na primeira fase, venceu sete vezes, teve sete empates e quatro derrotas. Marcou 20 gols e sofreu 14.
Como mandante, apenas uma derrota em nove jogos. O caldeirão do Alfredo Jaconi voltava a funcionar como diferencial e a sintonia com a torcida crescia. Nas quartas de final, foram 18.413 pessoas empurrando o Verdão para a goleada, lotação máxima do estádio. Se o 0 a 0 na ida fora de casa deixou tudo aberto, a volta foi o oposto.
– Foi um jogo muito difícil em Imperatriz, com um campo difícil. A estratégia foi montada para voltarmos para casa e fazermos uma grande atuação. Isso foi cumprido. Mesmo com o 0 a 0, tivemos algumas oportunidades lá. Eles são um time muito qualificado e rápido. Então acredito que a proposta montada pelo Marquinhos (técnico do Juventude) foi cumprida. Ele montou uma estratégia de marcação mais forte e o time segurou a partida para que dentro de casa a gente pudesse fazer o resultado como aconteceu. Na volta já jogamos de outra forma, marcando mais alto e entrando taticamente diferentes. Todo jogo tem uma estratégia diferente, o Marquinhos está feliz e a direção também.
Agora todas as atenções se voltam para a próxima batalha. No domingo (15), o Juventude voltará a precisar da força do Jaconi lotado e do povo de Caxias do Sul (RS), já que enfrenta o Náutico às 18h. Na semana seguinte, no dia 22/09, a equipe vai até os Aflitos, no Recife (PE), para a partida da volta.
– A expectativa é boa. Vamos descansar agora e já voltar a treinar nesta quarta-feira para nos prepararmos. O jogo contra o Náutico será bem difícil, pois eles são muito qualificados com um time muito bom. Será uma grande partida e vamos trabalhar para fazermos um bom confronto em casa, levando a vantagem para Recife. Será uma semifinal bem interessante e todos os atletas que entrarem vão dar tudo para trazermos essa taça para Caxias do Sul – concluiu Cajá.
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