Poeta por dom familiar, advogado Fred Henrique Gadonski presta homenagem à vida pantaneira
A rusticidade liberta das aves que cortam os ares pantaneiros se enquadra como inspiração poética no foco do criativo advogado. "Imagine poder voar muito além dos seus sonhos;/isso é sublime sob todos os aspectos..."
Um icônico carnavalesco,
Que corta o ar de asa aberta,
Na altitude decreta:
“Por todo canto, avivai!”
Parece tão pitoresco,
Disposto a boa conversa,
Com seu vestido de festa,
Estilo Clóvis Bornay!
No entanto, não é gente,
Mas uma arara festiva,
Desfilando na avenida,
Sapucaí do firmamento!
Rara estrela cadente,
Efêmera e colorida,
Na chegada e na saída,
A primeira em ornamento!
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Tuiuiu não é Condor,
Muito menos Colibri,
É o símbolo em esplendor,
Pra que’u possa distinguir,
Sou a fauna pantaneira,
Cuja ave mensageira,
Do alto se faz ouvir!
O Tuiuiu não faz escala,
Nem voa alto demais,
Quando abre suas asas,
Abençoa os animais,
O Condor voa no além,
Colibri, no vai-e-vem,
Só Tuiuiu é capaz!
Tuiuiu tamanho certo,
E altura proporcional,
Nem tão longe, nem tão perto,
Lá vem ele, é o sinal,
É hora de anunciar,
Tuiuiu, o seu voar,
Abençoa o Pantanal!
A chapa do raio-x,
Não mostra patologia,
Só profunda alegria,
Enfileirada no ninho.
É uma família feliz,
Em pose de fotografia,
Os pais e suas crias,
Caras, bocas e biquinhos.
Igual quadro-negro e giz,
Que ensina filosofia,
Ser ou não ser, eu diria,
Um verbo no infinitivo
Por Fred Henrique Gadonski
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