O “suicídio” de Lula foi orquestrado por adversários petistas. O ex-presidente jamais pensou em se matar

Redação Site – Há dias, circulou nas redes sociais que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria disposto a dar fim à própria vida na cela da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba-PR, onde está trancafiado há meses. Isso seria em decorrência do desencanto do ex-metalúrgico e dirigente da Nação à atual situação política do País e, principalmente, a dele própria, hoje na condição de presidiário condenado, às voltas com processos sucessivos – o que pode ampliar ainda mais a pena inicial imposta pelo então juiz Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça.

Trata-se, na verdade, de mais um “fake news”, armação ardilosa dos adversários da sigla petista, muitos enfronhados em outras agremiações. A liberdade de Lula, para eles, poderia significar a derrocada de suas pretensões políticas futuras, com possibilidade de o PT se proclamar novamente poderoso nas urnas. Afinal, 47 milhões de pessoas apostaram suas fichas na vitória do candidato petista, Fernando Haddad. Números significativos, jamais capazes de merecer desprezo ou chacota de quem optou pelo opositor.

O maldoso anúncio das pretensões de suicídio de Lula, digamos, seria assim para jogar uma pá de cal no que os adversários do PT supõem ser o fim do Partido dos Trabalhadores no País {em face do resultado das eleições}, acrescido do grave fato de que seu maior líder, Lula, continua preso. E, pelo visto, ao contrário do que era apregoado, sem chances de deixar a prisão em breve. É que muitos avessos ao PT e/ou simpatizantes da sigla apostavam que Lula seria libertado no ato do transcurso das eleições. Mas ele continua detido, e seu último depoimento à Justiça Federal, em Curitiba-PR, sinalizou que isso pode ser prolongado.

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Jair Bolsonaro, presidente eleito, tem enfatizado que as eleições terminaram, “e todos nós, brasileiros, estamos no mesmo barco”. Recado explícito de que cabe agora uma união geral para tentar melhorar o País e a vida de quantos nele vivem.  Tem plena razão…

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Por outro lado, imaginar que os seguidores de Lula recolheram o flape e estão intimidados, sem ânimo para mais nada, é menosprezar a força dos citados 47 milhões de opositores à política anunciada pelo adversário vitorioso de Haddad. Desses 47 milhões, logicamente nem todos são filiados ao PT, mas optaram por votar na sigla simplesmente para não oficializar escolha ao nome de Jair Bolsonaro. E é presumível que não mudem essa posição nos próximos quatro anos…

Enfim, o anúncio fajuto do possível suicídio de Lula no cárcere é mesmo um “fake news”, plantado sem qualquer escrúpulo. Lula tem familiares, pessoas que gostam dele. E à parte das acusações judiciais que pesam contra o líder petista, fundamentadas ou não, é um ser humano que representou o Brasil por bons anos, sendo aplaudido aqui e no exterior.

Cabe, assim, maior respeito à pessoa do ex-presidente Lula. Mesmo porque ele já adentrou na terceira idade, e é triste ver um nome do seu porte definhar gradualmente no confinamento solitário de uma cela, numa fase em que o corpo pede apenas descanso.

Para finalizar, Lula sempre enfatizou acreditar em Deus, e o nome do Senhor esteve presente em várias fases de sua vida, boas ou ruins. Não seria agora que o ex-presidente, reconhecidamente um homem de fé, extrapolaria seus princípios religiosos.