Com arrecadação bilionária, MT ainda convive com perfil de penúria. E, mais uma vez, o servidor é penalizado

A última estimativa de arrecadação estadual deixou a ver navios as modestas projeções feitas pela equipe econômica da gestão anterior. Ou seja: o Estado dispõe de excelente projeção para investir e bancar todos os seus compromissos, inclusive a imediata regularização e recomposição salarial dos servidores públicos. Por enquanto, reféns de um processo vivenciado nos últimos quatro anos

Da Redação – Se o Governo de Mato Grosso arrecada tantos bilhões anualmente, não há desculpas que se acoplem ao não pagamento de todos os encargos, distribuindo-se investimentos que contemplem também o servidor público, o eixo motriz dos destinos promissores que o território mato-grossense registra ano após ano, a ponto de se tornar referência de crescimento no País.

Com o novo governo Mauro Mendes, a expectativa do funcionalismo é de ser integralmente valorizado, ter seus salários pagos religiosamente em dia. Insere-se aí não apenas os proventos mensais, mas todos os direitos inerentes por tempo de serviço, contemplando, desde já, o longo caminho da aposentadoria.

“Não há dinheiro em caixa”, rebatem técnicos do governo atual quando inquiridos a respeito de temas do tipo, considerados delicados e de discussão mais aprofundada, em tempo impreciso. “Melhor chutar a bola pra frente, pois o time está emperrado, por enquanto”, é a dedução lógica de quem ouve argumentos tão vazios. Tem sido essa a retórica evasiva e repetitiva da equipe econômica de Mendes, quando questionada sobre os entraves salariais. 

Para técnicos privados do setor, são argumentos vazios, insustentáveis, posto que o Governo de MT registrou, nos dois últimos anos, uma extraordinária superação orçamentária de caixa. Ao contrário das estimativas oficiais, de incompreensível retranca modesta, o Estado arrecadou R$ 31.653 bilhões. Não há o que dizer diante de números semelhantes, contestam os economistas.

Mais ridículo ainda é sustentar que o caixa zerou e o governo atual luta para recompor o equilíbrio administrativo, hoje em luta contínua com a crise. Nem que isso signifique postergar o pagamento de salários do funcionalismo, retalhando-os conforme o patamar de cada categoria. Injustiça é uma palavra adequada para definir tal procedimento, se efetivamente for esta a realidade subsequente.

Diante de um cenário nada animador, o servidor público – genuíno idealista no desempenho de suas funções -, passa a ser, no caso, mero espectador de desdobramentos que podem significar, a seus olhos, a continuidade de descarte insensível de toda a dedicação da jornada laboral. Experiência desastrosa, ingrata, vivenciada na última gestão.

Para se manter dignamente, a classe de servidores públicos tem se valido de empréstimos sucessivos para honrar compromissos urgentes, a exemplo de contas de água, luz e, principalmente, de mercado. Nenhuma máquina funciona sem combustível, e o corpo humano procede de forma idêntica.

Agruras financeiras à parte, o servidor público ainda aposta suas fichas no governo Mauro Mendes. Mesmo porque, acentuam sindicalistas, o funcionalismo estadual de MT não convivia com atrasos salariais há mais de 20 anos, e nem cogitava no retorno desse problema. “Se o atraso salarial “ressuscitou” com Taques, cabe a Mauro Mendes, seu sucessor, reverter isso urgentemente. O servidor conhece o potencial do Estado para aceitar uma “crise” amparada na arrecadação de bilhões anuais”, desabafam.

“MAURO MENDES É EMPREENDEDOR NATO, E SUA GESTÃO DEVE RESPONDER À ALTURA DOS ANSEIOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS E DE TODOS OS MATO-GROSSENSES”

O governador Mauro Mendes, com certeza, vai levantar item por item na área econômica, pois não quer pisar em areia movediça habitada por jacarés, é unanimidade entre os servidores de carreira lotados em áreas técnicas. Reconhecem que o governo anterior não teve a devida competência para calcular quais estimativas se assimilavam à potencialidade real do Estado, a fim de empregar o contabilizado excedente {de arrecadação} nas melhorias sociais e estruturais necessárias.

Por outro lado, administrador comprovado, Mauro Mendes deve refutar proximamente todos os refrões de falência institucional direcionados a Mato Grosso. Se cumprir a metade do que estipulou como meta em Cuiabá, o Estado terá melhorias significativas, além de pagar todas as dívidas e pendências.

Redação Site

 

 

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