Jogo do Brasil mobiliza famílias. Em Cuiabá, pai e filha vibraram com gols que desclassificaram o México
Com esta vitória, gols de Neymar e Firmino, Seleção Brasileira está classificada para as quartas de final
Pollyanna Queiroz – Editora – O Brasil superou hoje o robusto time do México por 2 a 0, gols comemorados com entusiasmo nos quatro cantos do País e mundo afora. Minutos depois do final do jogo, já se ouvia ritmo animado de batucada, frevo contagiante na região Nordeste (como sempre) e em recantos longínquos do território brasileiro. Salvador e Olinda saíram na frente para comemorar a vitória antes mesmo dos gols.
Em Cuiabá não foi diferente, alegria que envolveu foliões de agigantada animação. A maioria composta por famílias de comportamento tradicionalmente recatado, mas que, por conta da alegria de o Brasil avançar mais rumo ao título de campeão do Mundial, deixou o recato de lado para expandir euforia total.
Na Orla do Porto, o geólogo Sinvaldo Gomes de Morais, 57, conselheiro do CREA/MT, acompanhado da filha adolescente, Juliana Gomes de Morais, 13, descreveu o sentimento que acometeu ambos quando o Brasil fez os gols que garantiram sua vitória no segundo tempo da partida. “Cara, foi demais!”
Juliana é estudante no Colégio Master há 8 anos, e integra grupo de dança no mais autêntico estilo sul coreano. A menina disse estar muito feliz “mais uma vez”, porque o México entrou firme no primeiro tempo – analisa – e ela não sentiu a seleção tupiniquim muito forte para vencer os mexicanos. “O que terminou se invertendo no segundo tempo da partida”, complementou aliviada.
Juliana também aproveitou o embalo festivo na Orla para ensaiar alguns passos da dança que domina com perfeição, tipo Pop Rop da Coreia do Sul, conhecida por lá como K-Pop. Abaixo, umas palavrinhas dos nossos animadíssimos torcedores:
Sinvaldo: “O Brasil veio com tudo no segundo tempo, depois daquele sufoco que todos vivenciamos antes do intervalo do jogo. Mas vencemos, e vencemos de forma maravilhosa. Agora, só resta comemorarmos. Acredito muito na equipe de Tite, e, principalmente, no título que ela irá trazer para o Brasil”.
Juliana: “Meu pai ficou nervoso, roeu até as unhas, coisa que nunca o vi fazer antes. A Copa do Mundo mexe com a gente de todas as formas. Não importa a idade, é adrenalina pura. Eu sou torcedora convicta, acredito nos jogadores brasileiros. A Seleção vai somar outra vitória na Copa, pode anotar aí”.
Sinvaldo sorriu largamente ao escutar o sentimento de desabafo tranquilo da filha, e fez questão de ressaltar mais um detalhe: “Se sofremos a cada jogo, é porque amamos nossa Pátria, também representada na Rússia pelos talentosos atletas brasileiros. E nem penso o contrário, ou seja, em desclassificação: esta Copa também é nossa. Já vou preparar uma comemoração ampliada com todos os familiares e amigos. Em breve, teremos o título”, garantiu o geólogo.
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