Jogadoras da Seleção exaltam alto nível de disputa no Brasileirão

Com duas divisões desde o ano passado, competição nacional vem sendo observada de perto pela comissão técnica e gerando bons fruto à Seleção Brasileira Feminina

Imprensa CBF – Após seis rodadas completas, o Campeonato Brasileiro Feminino segue sendo uma das principais vitrines para as convocações da Seleção Brasileira. Com duas divisões desde o ano passado, a competição vem ganhando um alto nível de competitividade, com jogadoras e clubes cada vez mais equilibrados. Fato que fez com que oito atletas que atuam no Brasil fossem chamadas pelo técnico Vadão para a etapa de treinamentos da Canarinho em Itu (SP), em preparação para o Torneio das Nações, que será disputado entre julho e agosto deste ano nos Estados Unidos.

Goleira da Seleção Brasileira, Bárbara é jogadora do Kindermann-SC, que ocupa o terceiro lugar do Grupo 1 da Série A-1 do Brasileirão. Para a defensora, o novo formato da competição trouxe uma boa evolução para a modalidade no país, que pode ser refletida dentro da Seleção.

– Melhorou bastante. Hoje a gente tem um campeonato extenso, o que é muito bom para o futebol feminino. Sem falar nos clubes que participam, em que você vê as duas chaves brigando por vaga. No meu grupo tem o Corinthians em primeiro, Iranduba depois, a gente brigando diretamente com a Ferroviária, depois o São José, o Sport… Então vemos que não tem um clube muito melhor, o nível é alto entre a maioria. E essa convocação do Vadão mostra que o Brasileirão realmente é uma porta para a Seleção Brasileira. Se antes uma atleta não tinha tanta visibilidade, pode ter certeza que hoje ela tem no Brasileiro – afirmou a goleira.

Uma das atletas que está entrando pela primeira vez por essa “porta” citada por Bárbara é a lateral Rayanne, que joga pelo Flamengo, vice-líder do Grupo 2 do Brasileirão. A jogadora tem passagens pelas categorias de base da Seleção e foi chamada pela segunda vez para a equipe principal – a primeira foi em uma convocação de observação para a Copa América, em fevereiro deste ano.

– Ter essa oportunidade é o auge do futebol, onde toda menina quer chegar. Para mim é um sonho sendo realizado, algo que eu batalhei desde pequena, passei pela Sub-17 e agora tenho a chance de estar aqui sendo vista pelos melhores profissionais. Acho que o Brasileiro contribuiu muito para essa minha convocação. Desde a criação das duas séries, o Brasileiro tem evoluído bastante.  E isso é importante para nós que jogamos e, também, para quem quer começar, porque estão surgindo mais oportunidades, os clubes estão pegando meninas da base. Isso é refletido nas Seleções Sub-17 e Sub-20 fortes, por exemplo.

A observação da comissão

Também ciente da importante vitrine que o Campeonato Brasileiro representa para a Seleção Brasileira, o técnico Vadão comentou sobre como a comissão técnica acompanha o trabalho das jogadoras e exaltou a evolução da competição.

– Além de transmissões feitas por clubes e algumas Federações, a gente também vai pessoalmente aos jogos. Por exemplo, eu fiquei quase uma semana em Manaus, vi jogos do Iranduba e do 3B. Fomos em Araraquara (SP) para assistir Ferroviária x Sport Recife. O Vaguinho com o Fabrício (auxiliares) foram ver Ponte Preta x Portuguesa. Procuramos ir aos jogos para tentar captar atletas dos dois campeonatos, do A-1 e do A2. E não podemos negar que o nosso futebol evoluiu nesses últimos anos. Além das duas séries no Brasileiro, temos outros clubes com futebol feminino, já que é uma solicitação da CBF e uma exigência da Conmebol para que eles disputem a Libertadores masculina. Com mais divulgação, tudo só tende a melhorar – disse o treinador da Seleção Feminina.

Além de Bárbara e Rayanne, as atletas convocadas que atuam no Brasil são: a goleira Letícia Izidoro (Corinthians), as zagueiras Tayla (Santos) e Ana Carolina (Flamengo), e as atacantes Raquel (Ferroviária) e Adriana e Millene (ambas do Corinthians).

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