Jayme Campos tem aval popular para retornar ao Palácio Paiaguás

Carismático, visionário, Jayme sempre venceu fácil as disputas eleitorais das quais participou...

Por João Carlos de Queiroz, editor-geral – Ainda que não confirme e, também, não oficialize desmentidos categóricos acerca de tal pretensão, o nome do ex-governador mato-grossense e ex-senador Jayme Campos (DEM) está sempre à baila nas rodas políticas que debatem o nome do futuro ocupante da principal cadeira do Palácio Paiaguás. Isso tem tirado o sono de anunciados postulantes ao Executivo Estadual, cargo atualmente ocupado pelo também ex-senador Pedro Taques, a princípio candidatíssimo à reeleição.

O nome de Taques, aliás, figura hoje como o ‘possível maior adversário de Jayme’, se efetivamente o secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande aceitar disputar o páreo eleitoral. Mauro Mendes já figura em terceiro lugar. Mas, por decisão pessoal, o ex-prefeito de Cuiabá tem dito não ser candidato a nada.  Inexiste garantia de que não vá mudar de ideia. Principalmente se dispor de reforço extra na sua tímida cruzada partidária {por enquanto}. Imprevisibilidade é fator comum em política…

Por outro lado, alguns cientistas políticos afirmam que um embate acirrado entre Jayme e Taques é improvável, não acontecerá, tendo em vista o apoio político aberto que os Campos têm direcionado ao governador e à sua gestão. A previsibilidade, no caso, existe, e recai então para a continuidade desse apoio à reeleição de Taques. Mesmo porque o governador tem olhado a antiga Cidade Industrial com olhos paternos. A prefeita Lucimar Campos está francamente embevecida com tanta atenção de resolutividade às demandas locais. A Saúde e Educação do município agradecem…

No entanto, em se tratando de política e políticos, tudo pode acontecer. Em meses, dias e mesmo horas, reviravoltas no quadro de uma disputa majoritária tendem a deitar por terra projetos grupais (aliados intrínsecos) e levantar nomes que pareciam vetados a obter algum prognóstico de sucesso.

Não é, decididamente, o caso de Jayme Campos nem tampouco do governador Pedro Taques, folgadamente à frente de olhos cobiçosos do cargo. Mas talvez eventuais costuras partidárias, de ineditismo surpreendente, desmistifiquem tal lealdade em futuro breve, despejando angu fervente nas expectativas de alianças em questão.

O fato é que Jayme Campos está em alta cotação para retornar ao cargo que ocupou na década de 90, imprimindo um estilo administrador impecável, trabalho elogiado por todos, incluindo o crítico funcionalismo estadual. Com tantos nomes corroídos por corrupção deslavada em Mato Grosso e País afora, Jayme transita de peito aberto, sem nada a esconder, fruto da lisura transparente que sempre adotou na sua trajetória de vida política e empresarial.

Prova maior desse seu prestígio inabalável foi dada este ano pelo decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Celso de Mello, que negou, de forma peremptória, pedido de liminar proposto pelo PDT de Várzea Grande, que solicitou o afastamento de Jayme Campos do cargo de secretário de Assuntos Estratégicos, sob alegação de nepotismo.

Conforme é do conhecimento de todos os brasileiros, o decano Celso de Mello arregimentou fama de inflexível nos seus despachos, punindo o menor deslize evidenciado nos processos. Ao analisar e indeferir o pedido de afastamento de Jayme da Prefeitura de Várzea Grande, além dos itens técnicos, pesou na sua avaliação experiente os anos de convivência com o ex-senador em Brasília e o comprovado passado íntegro do ex-governador mato-grossense, gestor preocupado com o bem-estar da população. Fatores decisivos no despacho positivo à defesa elaborada de forma competente pela Procuradoria-Geral do Município, a cargo da advogada Sadora Xavier.

Resumindo: os preparativos das eleições estaduais podem revelar surpresas que ninguém espera, é uma hipótese. Já o retorno do ex-governador Jayme Campos ao Palácio Paiaguás representa aclamação espontânea da vontade popular de quantos habitam o Estado e conhecem sua capacidade de governante dotado de dinamismo sensível.

Como diz um velho jargão, “quem já foi rei não perde a majestade”. Que o diga Júlio Campos, irmão de Jayme, também ex-senador e ex-governador de MT, até hoje lembrado pelas glórias conquistadas em prol do desenvolvimento do Estado…

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