Investimento em ciência e tecnologia é essencial para o desenvolvimento do país, alerta tucano
Um dos principais pilares para o desenvolvimento de um país independente, justo e igualitário, a ciência vem atravessando um momento difícil no Brasil. Com o corte acentuado de recursos ocorrido nos últimos anos, os desafios a serem enfrentados pela área ainda são grandes e urgentes. Apesar do cenário crítico, no entanto, o país ainda ocupa o 13º lugar na produção científica mundial.
Reportagem do jornal O Globo de maio deste ano destaca que ainda há muito a ser feito em relação à ciência, como aprimorar a qualidade da pesquisa produzida e a sua inserção internacional e fazer com que ela tenha impacto significativo na gestão pública e junto ao sistema produtivo, uma vez que o índice brasileiro de inovação é extremamente baixo.
Suplente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara, o deputado federal Fábio Sousa (PSDB-GO) destacou que, apesar da boa classificação no ranking, o Brasil ainda é “muito atrasado” em relação aos países desenvolvidos na área de pesquisa e precisa de mais investimentos para se desenvolver.
“Investir na área é fundamental. Quando a gente fala em ciência e tecnologia, estamos falando de avanços, medicamentos, emprego, renda, educação e tudo que é importante para um país se desenvolver. Parafraseando Obama: nós poderíamos cortar os investimentos de todas as áreas, menos ciência e tecnologia porque é a hélice de um país”, afirmou.
O tucano ressaltou ainda que as dificuldades e burocracias encontradas pelos pesquisadores brasileiros são os maiores responsáveis pela falta de avanço na área.
“Hoje, a gente enfrenta uma burocracia fenomenal e não conseguimos avançar. O Brasil é o 13º em publicação de artigo científico, mas quando tenta transformar isso em produto cai muitas posições. Tem alguma coisa errada. Temos cabeça boa, mas a falta de investimento atrapalha muito”, disse.
Parceria
Uma das prioridades do plano de governo do candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, é justamente fomentar a parceria de empresas privadas como forma de financiar a ciência.
“Vamos estimular as parcerias entre universidades, empresas e empreendedores para transformar a pesquisa, a ciência a tecnologia e o conhecimento aplicado, em vetores do aumento de produtividade e da competitividade do Brasil”, defendeu.
Segundo Fábio Sousa, essa parceria é “primordial” para a melhoria do cenário científico brasileiro. “Precisamos de um marco que estabeleça o relacionamento entre a classe produtiva – indústrias e empresas – com as universidades. Ela pode inclusive financiar laboratório de pesquisa, dar condições para que as universidades possam fazer as pesquisas e dividam a patente”, completou.
São Paulo
Em 2016, ainda no comando do governo de São Paulo, Alckmin promoveu um protocolo de intenções entre a Universidade de São Paulo (USP) e o estado de Goiás com o objetivo de estabelecer cooperação para o desenvolvimento de ações para disseminação da cultura e inovação e empreendedorismo.
As ações tinham o objetivo de promover a promoção da inovação e do empreendedorismo na educação profissional e tecnológica, em instituições de ensino superior e de pesquisa e da cultura da inovação nas empresas.
Reportagem Clarissa Lemgruber
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