Greve dos caminhoneiros transforma Brasil numa segunda Venezuela. Desabastecimento já causa corre-corre geral
Já falta não apenas combustível nos postos, mas também gás e alimentos em todas as regiões. Não há como garantir o reabastecimento se o meio de transporte terrestre está bloqueado. O bloqueio de caminhões atinge todos os setores, inclusive o transporte aéreo. E ainda que a Petrobras tenha reduzido em 10% o preço do diesel nas refinarias, a medida não foi suficiente para impedir a continuidade da greve dos transportadores. Os caminhoneiros protestam indignados, Brasil afora, contra o preço do diesel. Que repercute no frete e nos preços dos alimentos...
Redação Site – O Brasil virou uma Venezuela II em três dias, quando começou a greve dos caminhoneiros. O movimento grevista trouxe reflexos imediatos em vários setores, e já afeta diretamente o transporte público. Proprietários de supermercados anunciam que seus estoques também começam a faltar nas prateleiras. Muita gente tem formado filas para garantir suprimentos alimentares, temeridade de que nem água esteja disponível nos próximos dias. Um repeteco do drama vivenciado pelos venezuelanos. Só que no próspero Brasil, pasmem!
Trata-se de uma situação que o País Tropical, paraíso de corrupção deslavada, não pensava vivenciar, posto que até há pouco protagonizava a figura receptiva (anfitriã) dos “exilados” da Venezuela. Agora, pode faltar tudo até para os próprios brasileiros. O etanol praticamente evaporou dos postos, enquanto a gasolina disparou, preços controversos entre um posto e outro, alguns perto de R$ 9,00. O que não impede a formação de filas imensas em cada bomba. E elas continuam aumentando.
Uma outra consequência dessa greve é a interrupção dos voos. Alguns aeroportos só autorizam aterrissagem de aeronaves que não precisarão abastecer, e os caminhões-tanques com combustível aeronáutico, por precaução, têm sido escoltados durante o trajeto até os aeroportos. O Brasil também pode ficar sem asas, com suas águias metálicas estacionadas de forma inútil. Os estoques nos terminais aéreos estão sendo zerados progressivamente, e o corre-corre de desespero estampa um Brasil inegavelmente venezuelano.
O fato é que essa greve atingiu tudo que possa exigir mobilização terrestre, e taxou lá no alto suprimentos diversos. . Enquanto isso, os bloqueios nas portas das refinarias prosseguem firmemente, para que o governo ceda. Vários postos nas principais capitais do País, Rio e São Paulo já afixaram avisos de que não têm combustível. Informação em efeito dominó nos demais territórios brasileiros. Gasolina ainda existe em alguns postos, mas a previsão dos proprietários é de que seus estoques sejam exauridos nos próximos dias, ou mesmo horas.
Também os Correios anunciaram que, em decorrência da greve, irá interromper a entrega de encomendas com data e hora marcadas, a exemplo de Sedex 10, 12 e Hoje. Prazos contratuais podem ser prejudicados por isso. Em síntese, a presente paralisação impactou todas as artérias funcionais do País. Enquanto isso, o governo sinaliza alternativas que não correspondem aos anseios da categoria grevista. É esperar pra ver. E crer que uma solução saia finalmente daí. Antes, claro, que o Brasil sucumba de vez e vá pedir esmolas em tudo quanto é canto da América Latina.
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