Força Aérea utiliza aeronaves reais para treinamento de sargentos
Instrutores aplicam, na prática, como devem ser as ações de resgate em caso de acidentes aeronáuticos
A formação dos futuros sargentos da Força Aérea Brasileira (FAB), na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), não se restringe apenas a aulas em sala, com a parte teórica. Em instruções práticas, os alunos simulam acontecimentos reais, situações de emergência, utilizando aeronaves reais, desativadas e em exposição, espalhadas no interior da escola.
“É importante utilizar as aeronaves porque, além de serem auxílios à instrução, sem custos adicionais, os alunos têm a oportunidade de vivenciar situações simuladas, que se aproximam muito da realidade, contribuindo para a aplicação da teoria na prática”, comentou um dos instrutores, o Sargento Leonardo Padilha Leote.
Uma dessas instruções ocorreu no dia 31 de maio para os alunos da especialidade de Bombeiro. Os instrutores aplicaram, na prática, como devem ser as ações de resgate em caso de acidentes com aeronaves. A simulação foi dividida em três momentos, todos com vítimas em aeronaves. Na primeira situação, foi utilizado o C-95 Bandeirante, em chamas em seu interior, que resultou num pouso de emergência. Os alunos tiveram que, em meio ao caos, resgatar o piloto e uma vítima no interior do C-95.Na segunda situação, os futuros sargentos tiveram que resgatar o piloto e um tripulante, após acidente ocorrido com um Helicóptero (UH-1H ). A terceira foi uma simulação de busca e resgate de um piloto ejetado numa área próxima a aeronave, um Mirage F-2000.
“Na teoria, aprendemos tudo que deve ser feito, mas, na prática, a situação muda, e muda bastante. Temos que pensar rápido, os instrutores fazem muita pressão, criam um ambiente tenso, como se fosse um caos real. Tudo isso é fundamental, pois com essa prática conseguimos identificar possíveis erros, quais são as prioridades, como pensar e agir em situações de risco e emergência, garantindo assim ações assertivas numa ocorrência real”, comentou a aluna Marcelly Souza Cruz, da 3ª série do Curso de Formação de Sargentos (CFS).Fotos: Tenente Candiani / EEAR
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