DIAS SOMBRIOS: Mato Grosso vive drama venezuelano com a falta de tudo: fome já é o grande temor da população

A população começa a denotar desespero incontrolável para suprir suas despensas ou abastecer carros. Nem todos têm conseguido isso.

Redação SiteAlguns setores da economia mato-grossense enfrentam há dias sérias dificuldades por conta da paralisação dos caminhoneiros, e as buscas por combustível aumentam na capital e interior afora, dia após dia. O Norte de MT, por exemplo, registra grande volume de problemas de desabastecimento. Além do combustível, já falta tudo nas principais cidades dessa região: gêneros alimentícios, farmacêuticos, hospitalares e outros produtos. Empresas de ônibus intermunicipais já começam a paralisar parcialmente as atividades, com cortes de várias linhas.

Também por lá, no Nortão, muita gente tem dormido nos postos para garantir o abastecimento, e em vários estabelecimentos tem ocorrido confrontos entre os clientes, alguns acusados de “furar filas”. O abastecimento de combustível está limitado a 20 litros por carro em vários municípios. Isso, nos que ainda têm algum tipo desse produto disponível para comercialização, principalmente álcool e gasolina.

A exemplo de outras regiões de Mato grosso, muitos voos foram cancelados no Nortão, e a informação é de que em Sinop – a maior cidade – não há previsão de normalização.

Já em Várzea Grande, segunda maior cidade do Estado, por enquanto o Aeroporto Marechal Rondon funciona precariamente. Mas a Infraero admite que essa situação de aparente normalidade pode mudar se a greve persistir, ainda que a PRF tenha escoltado hoje (26) caminhões-tanques até o terminal, o que garante sua operacionalização por mais alguns dias.

Em Rondonópolis, os bloqueios continuam sendo mantidos nas regiões Sul e Sudeste, rodovias 163 e 364. A população local tem apoiado os caminhoneiros, ao contrário do que começa a acontecer em outros municípios ressentidos de desabastecimento. Na área da alimentação, os supermercados da cidade também registram escassez de todos os produtos, principalmente hortifrutigranjeiros.

Para garantir a segurança e assistência na saúde, dois caminhões tanques, guarnecidos por escolta policial, conseguiram abastecer os tanques de um posto de Rondonópolis. Combustível destinado exclusivamente a suprir viaturas policiais e da área de saúde municipal/estadual de todos os municípios.  Ônibus escolares já se encontram paralisados no município rondonopolitano. No terminal rodoferroviário local, parte do trabalho foi interrompido.

Em Tangará da Serra, os caminhoneiros decidiram liberar veículos de carga, na MT 358, cargas essenciais (Saúde e Alimentação). O caminhoneiro tem que apresentar nota comprovando a destinação da carga, incluindo combustível para os órgãos públicos. O que não impediu que filas fossem formadas nos postos de combustível. Os reflexos da paralisação atingiram todos os setores do município. Serviços de transporte público e escolar foram cancelados, juntamente com voos comerciais para Cuiabá.

A estratégia do governo federal é pressionar as transportadoras para diminuir o fôlego dos líderes da coordenação grevista. Foi um dos assuntos discutidos ao longo do dia de hoje pelo governo federal, e a ordem taxativa é que a Força de Segurança Nacional aja com firmeza para banir qualquer resistência ao desbloqueio.

 

 

 

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