DIA DO MATERIAL BÉLICO: Treinamento de fogo
Nos bastidores dos Exercícios Operacionais promovidos pela FAB, militares realizam treinamento e garantem a segurança das atividades
Em um cenário de combate, o que seria do H-60L Black Hawk sem sua minigun? E do F-5M sem o míssil Phyton, por exemplo? Como ficam os A-29 Super Tucano sem a metralhadora .50 em suas asas? Para uma Força Aérea, manter operacionais as equipagens ligadas ao material bélico é tão importante quanto as atividades de voo. É por isso que militares especializados participam dos Exercícios Operacionais promovidos pela Força – mesmo naqueles em que não há emprego real de armamento. Nesses casos, as equipes cuidam dos óculos de visão noturna (NVG), assentos ejetáveis (pois o mecanismo de acionamento é baseado em explosivos), PODs (sigla em inglês para Dispositivo de Objeto de Fotografia) de reconhecimento (utilizados nas aeronaves A-1), artefatos de autodefesa, entre outros exemplos.
Segundo explica o Diretor do Parque de Material Bélico da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAMB-RJ), Coronel Aviador Ricardo Tanaka, a CRUZEX 2018 – apesar de não se tratar de um treinamento com emprego real – conta com a participação do material bélico. “Diariamente, os especialistas realizam, antes das decolagens, a inspeção pré-voo de assentos ejetáveis, alijamento de canopi e de cargas externas e sistemas de autodefesa”, diz o oficial. Nesse exercício, um dos principais envolvimentos será com a utilização do chaff e flare – artefatos que equipam algumas aeronaves e servem para despistar mísseis guiados por radar ou por infravermelho, respectivamente.
O Diretor do PAMB-RJ explica que a abrangência do material bélico na FAB vai desde material de segurança orgânica até os mísseis mais complexos. “Atualmente, o PAMB-RJ gerencia mais de 40 projetos bélicos. Ademais, toda carga de armamentos transportada em aeronaves da Força deve ter um parecer técnico emitido por especialista”, diz o Coronel Tanaka.
Entenda a data
A data de 11 de novembro é comemorada como o Dia do Material Bélico da Aeronáutica devido a um fato ocorrido em 1944, durante a campanha na Itália, na Segunda Guerra Mundial. No dia, o Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1° GAVCA) realizou sua primeira missão independente, nas aeronaves P-47 armadas pela sua própria Seção de Armamento, chefiada pelo então 2° Tenente Especialista em Armamento Jorge da Silva Prado.
Fotos: Sargento Paulo Rezende / CECOMSAER
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