Brazil Classics Renault 2018 comemora 20 anos de fabricação da marca no País
Encontro de antigomobilismo acontece de 6 a 9 de setembro em Araxá, Minas Gerais; Montadora expõe veículos clássicos, como Voiturette, Gordini e Interlagos, além da gama atual de veículos e carros elétricos; Marca francesa comemora também 120 anos de existência.
“A Renault comemora 20 anos de produção no Brasil no momento que atinge uma participação de mercado histórica no país, superior a 8% no acumulado de 2018. Em Araxá estamos mostrando a nossa trajetória, que reúne design, esportividade e uma série de inovações para deixar a vida dos nossos clientes sempre mais fácil”, afirma Federico Goyret, diretor de Marketing da Renault do Brasil.
Entre as atrações da Renault estão a Voiturette, réplica do primeiro Renault fabricado no mundo, em 1898; o Gordini e o Interlagos, primeiros representantes da marca no Brasil, por meio da parceria com a Willys, nas décadas de 50 e 60; além dos esportivos Clio V6 e Megane RS. Entre os carros nacionais, destaque para o primeiro Scénic fabricado no Complexo Ayrton Senna. Inovador, o veículo inaugurou o segmento dos monovolumes no Brasil. A Renault irá expor ainda o inovador Twingo, além de representantes de sua gama zero emissão, com o Twizy e o ZOE, que estarão disponíveis também para test-drive.
Realizado há 34 anos, o Brazil Classics Show nasceu da paixão de amigos colecionadores que resolveram criar uma data para celebrar o encontro e a exposição de seus veículos. Passados todos esses anos, o evento hoje reúne colecionadores de todo o Brasil. “Estamos contando a história dessa máquina maravilhosa que é o carro. Queremos destacar a sua importância histórica e congregar os antigomobilistas de todo o país para mostrar o trabalho realizado nas restaurações e incentivar a preservação desse importante segmento da história mundial. Temos certeza de que o público se surpreenderá com essa exposição. É uma oportunidade única de se ver tanta história em um só espaço”, destaca o presidente do Instituto Cultural Veteran Car – MG, Otávio Pinto de Carvalho.
Sobre a Renault no Brasil
Produzindo no Brasil desde 1998, a Renault passa pelo melhor momento de sua história no país em participação de mercado. A marca, que cresce em market share no Brasil desde 2010, atingiu mais de 8% no acumulado de janeiro a agosto, um recorde para a marca. O crescimento da Renault do Brasil está fortemente atrelado à renovação e à ampliação de sua gama. Hoje a marca fabrica sete veículos no país: Kwid, Sandero, Logan, Duster, Duster Oroch, Captur e o comercial leve Master. No total, já são quase 3 milhões de veículos e 4 milhões de motores produzidos em 20 anos de inovação da Renault no Brasil.
A Renault do Brasil possui quatro unidades industriais instaladas no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR): a fábrica de veículos de passeio (CVP), fábrica de veículos utilitário (CVU), fábrica de motores (CMO) e a Curitiba Injeção de Alumínio (CIA), inaugurada neste ano. Hoje o Complexo Ayrton Senna opera em três turnos e tem um total de 7.300 colaboradores – 1.300 deles contratados no último ano em virtude da demanda interna e externa por Captur e Kwid. Para gerir suas ações socioambientais, a Renault criou, em 2010, o Instituto Renault. Atuando em dois eixos – Mobilidade Sustentável e Inclusão – o Instituto já alcançou cerca de 600 mil pessoas no país.
Os primeiros passos no Brasil nos anos 50
Na década de 50, apesar de ainda não possuir instalações industriais no Brasil, a Renault já tinha seus modelos mais populares fabricados no país sob sua licença pela Willys-Overland. No final de 1959, já como modelo 1960, a Willys lança em nosso mercado o Renault Dauphine, modelo que, em sua versão original francesa, havia sido apresentado em Paris no ano de 1956. É bom ressaltar que apenas três anos após o lançamento no mercado francês, o econômico carro familiar da Renault era apresentado e oferecido ao mercado brasileiro. Um recorde para a época.
O Renault Dauphine era um modelo quatro portas, destinado às famílias brasileiras e foi um dos primeiros carros produzidos por nossa indústria. Equipado com um econômico motor de quatro cilindros em linha, 850 cm³, que desenvolvia 32 hp, além de um câmbio de três marchas com a segunda e a terceira sincronizadas. O conjunto motor/câmbio era posicionado na parte traseira do carro e suas suspensões eram independentes nas quatro rodas. O destaque deste pequeno e moderno Renault estava na versatilidade e na economia de combustível, proporcionada por seu motor que, na sua concepção, era muito atual, tanto que inspirou projetos futuros que, aqui no mercado brasileiro, serviram à outras marcas até os anos 90.
Ainda em 1962, a Willys passou a produzir para o mercado brasileiro o Renault Gordini. Esse novo modelo utilizava exatamente a mesma carroceria do Renault Dauphine, mas com refinamentos construtivos que davam mais potência ao seu motor de 850 cm³, com potência aumentada de 32 para 40 hp. Além disso, o câmbio de três marchas do Dauphine deu lugar à um câmbio de quatro marchas sincronizadas no Gordini. O novo Renault teve uma melhora substancial no desempenho sem que o consumo fosse sacrificado.
O Renault Dauphine passou a ser comercializado como carro de entrada, mais barato e econômico, enquanto o Renault Gordini era vendido para aqueles que priorizavam o desempenho e não se preocupavam em pagar mais pela performance diferenciada. Dois familiares de muito sucesso no mercado Brasileiro nos anos 60. Fabricados até 1965, o Renault Gordini teve versões chamadas de Gordini II em 1966; Gordini III em 1967 e Gordini IV em 1968, quando a Ford do Brasil assumiu o controle da Willys-Overland e paralisou a produção do modelo.
Mas a Ford do Brasil deu continuidade ao chamado Projeto M, que era o início da fabricação do Renault R12, que quando lançado em 1969, foi batizado de Ford Corcel, outro Renault produzido sob licença. O novo carro, um Renault na sua essência e seu projeto, iniciou uma gama de produtos que a marca americana produziria por décadas aqui no Brasil. E o seu conhecido, robusto e econômico motor, cuja cilindrada variou de 1.3 até 1.6 litro, chegou a ser utilizado até mesmo pela Volkswagen na época da Autolatina. Um reconhecimento inegável da tecnologia, performance e economia desse propulsor de projeto Renault.
Um outro Renault que marcou sua época nos anos 60 foi o Willys Interlagos, que na realidade, tratava-se do Renault Alpine, ou Alpine A108, produzido na Europa. Na realidade, Alpine era um pequeno construtor de carros esportivos ou de competição que utilizava mecânica de outros fabricantes. No caso do A108, a Alpine utilizava toda a mecânica Renault. Aqui no Brasil, o carro utilizava uma carroceria produzida em material plástico reforçado com fibra de vidro e três opções de motor: 850 cm³ com 40 hp, 900 cm³ com 56 hp e 1000 cm³ com 70 hp.
Apresentado ao mercado nacional no final de 1961, por aqui ele foi rebatizado de Willys Interlagos e passou a ser oferecido em três versões: Berlinetta, um cupê de linhas mais esportivas; uma outra versão, essa sim chamada de Cupê, que não possuía inclinação do vidro traseiro; além de uma terceira versão, essa conversível. Na mecânica, um motor mais potente equipado com carburador de corpo duplo, taxa de compressão mais alta e coletores de escapamento individuais, que permitiam um desempenho adequado a proposta do esportivo. Nas pistas de competição, o Willys Interlagos era quase imbatível, graças ao seu peso contido, de pouco mais de 500 kg, aerodinâmica apurada e baixo centro de gravidade.
120 anos no mundo
Em seus 120 anos de existência, a Renault teve três vidas. A do seu fundador (1898-1944), a de uma empresa estatal (1945-1995) e a da sociedade anônima Renault SA (de 1995 até hoje). Entretanto, estas três vidas formam apenas uma, de uma montadora de automóveis que sempre soube se adaptar às mudanças no curso da história, que sempre conseguiu se transformar segundo as transformações da sociedade e da economia.
Em 120 anos, a Renault nunca deixou de estar atenta às expectativas de clientes a cada dia mais numerosos e mais distantes, de estar atenta à vida em torno do automóvel e suas aspirações, calculando e analisando as mudanças na sociedade, em um mundo aficionado pela mobilidade em que as liberdades de se deslocar, viajar e se aventurar se tornam a cada dia mais necessárias. A longevidade da Renault se construiu com base na compreensão dos modos de vida e dos usos, com a vontade de colocar o ser humano no centro dos universos automobilístico e tecnológico.
O que a Renault representa, desde suas origens? Veículos marcados por valores, referências onde se conjugam a paixão, a descoberta, a família, o trabalho, o lazer, a emancipação…
1898: Tipo A voiturette
Seu senso técnico o leva a inovar na transmissão, inspirando-se um pouco em cada uma das recentes descobertas. Ele abandona os sistemas clássicos de cadeias e correias em favor de um eixo articulado por cardan com diferencial. Mas sua paixão pela técnica o leva a utilizar uma caixa de câmbio de três velocidades, com um único pinhão montado em ligação direta com as rodas traseiras. Seu trabalho revoluciona o que se conhecia na época em termos de transmissão, revelando um pequeno carro perfeitamente adaptado a um motor de baixa potência e um peso extremamente comedido. Nasce a voiturette Renault Tipo A.
Ele tem a missão de convencer e ao mesmo tempo compartilhar esta paixão. Na véspera de Natal de 1898, Louis Renault decide ir com sua voiturette ao agitado bairro de Montmartre, passando pela Rua Lepic, a mais íngreme de Paris. É um verdadeiro sucesso. Os espectadores, numerosos, comemoram a façanha como uma vitória que combina o desafio esportivo ao senso de inovação. Este evento marca o nascimento de uma marca de automóveis, a Renault, já que esta subida de ladeira tem como resultado os primeiros pedidos: um total de 12 carros encomendados, garantidos por um sinal. A Renault ainda não tem nem fábrica e nem empresa. Esta será criada pouco depois, ponto de partida de uma excepcional aventura industrial.
1964: Renault 8 Gordini
Nasce um mito, o Gorde, que na versão de 1300 cm3 de 1966 ficaria ainda mais bonita, principalmente com seus quatro faróis. O Gordini é um carro da paixão, uma pequena máquina rebelde. Ele representa uma juventude que anseia pela sua emancipação, para quem a liberdade rima com velocidade. Para que a diferença se oponha à ostentação. O Gordini distancia a cor azul da ideia de blues, da melancolia. Ele reunirá os aficionados de um esporte que queria ser menos elitista, tornando-se uma paixão coletiva para aqueles que o tenham pilotado ou não. Uma alegoria do sonho. Ele será revelador de talentos, graças à Copa Gordini. O rei da Volta da Córsega e o valente da Passagem de Turini. Com previsão inicial de 1.000 unidades, o Renault 8 Gordini chegou às mãos de 11.600 clientes, apesar de um preço equivalente a dois modelos Renault de série, ou seja, ele se tornou um ícone.
Carros para a família e para aproveitar a vida
Com o passar dos anos, a Renault faz seu conceito evoluir, imaginando na traseira um compartimento para crianças capaz de oferecer tanto conforto como segurança. Dali até conceber um casulo para a família faltava apenas um passo, que a Renault, pela primeira vez no mundo, imaginou em torno do monovolume. Este também viria a ser revolucionário, pois, no final do século, ele se adaptaria às necessidades das famílias recompostas. O carro para a família se torna uma sala de visitas sobre rodas.
1937: Renault Primaquatre
Assim, a Renault aposta no Primaquatre, um veículo feito para as famílias mais abastadas. Com 3,70 metros de comprimento, velocidade de 105 km/h e preço de entrada de 19.500 francos, o Primaquatre distancia a Renault do seleto mercado dos 6 cilindros, no qual ela se concentrava desde 1929. Com ele, a Renault volta ao principal nicho do mercado francês, o dos motores de 10 e 11 cv.
1965: Renault 16
A partir de 1957, a Renault mostra seu desejo de ver o automóvel de outra forma: “Um carro não deve se dividir entre quatro bancos e um porta-malas. Ele deve ser um único volume”. Ao lançar o Renault 4, em 1961, a marca inventa o carro para aproveitar a vida, que se adapta a uma sociedade em plena mutação. Mas é preciso ir ainda mais longe e ousar, com um veículo diferente para a família. Este será o Renault 16, um carro de categoria média superior, com estilo audacioso. O Renault 16 é imaginado para “famílias atraídas pelas modernidades da sociedade de consumo… Provavelmente, dos intelectuais também”, comentam seus criadores, Pierre Dreyfus, o presidente, e Yves Georges, à frente dos projetos.
O Renault 16 oferece uma polivalência de uso que nenhum carro médio oferece na época, apenas na versão perua. A Renault não se contenta com a presença de uma porta traseira e um banco traseiro rebatível: o espaço interno é organizado em torno de um volume de porta-malas “programado” conforme vários tipos de utilização. As diferentes posições dos bancos na frente e atrás, uma representação sobre quatro rodas da arquitetura das divisórias móveis, não correspondem apenas aos diferentes usos do carro, mas também representam verdadeiras cenas da vida diária dos 30 anos gloriosos após a 2ª Guerra Mundial. Assim, o Renault 16 aparece como modo de vida, projetado para responder às necessidades das famílias, à pluralidade das necessidades de férias, da casa de campo ou de um passeio à feira de antiguidades. O Renault 16 é o veículo para a família que vivencia uma ruptura.
1984: Renault Espace
Os primeiros meses de venda são difíceis. E como poderia ser diferente para um veículo que não faz parte de nenhuma categoria existente e que é vendido a um preço que ultrapassa os 100.000 francos (o preço de um modelo topo de linha)? Entretanto, o sucesso chega em 1985. E ele se torna o modelo preferido das famílias. Escolhido pelas crianças, dirigido pela mãe e comprado pelo pai, o Espace é a representação do “automóvel aconchegante”, que eclode com a crise dos anos 1980. O Espace se consolida em um mercado há muito tempo sem concorrência.
A sede de descoberta
A estrada abre novos espaços. Ela acelera descobertas, dando fim ao confinamento, uma característica de épocas anteriores, redesenhando, graças a um giro da direção, uma geografia que parecia fadada a ser inalterável. No fim do caminho sempre há algo para descobrir, seja qual for a época.
1924: Renault 6-roues
No final de dezembro de 1923, a Renault lança uma primeira missão para viajar de Tugurte até Uede, na Argélia, em apenas dois dias! O sucesso é tanto que dá origem a outras expedições, principalmente para Colomb-Béchar (1924), o Lago Chade e, posteriormente, o Cabo da Boa Esperança (1925), cruzando todo o continente africano. A Renault abre estradas e até mesmo antevê uma saída original: criar uma empresa de transportes, a Compagnie Générale Transsaharienne (1923), para explorar uma linha regular entre a África do Norte e o Níger.
1996: Renault Scénic
Para responder a todos estes anseios, a Renault inventa o Scénic, o primeiro monovolume compacto. Pensado em torno do veículo como célula familiar, da vida a bordo, o Scénic utiliza astuciosamente todo o espaço disponível, com uma grande habitabilidade e uma modularidade digna de um “carro para aproveitar a vida”. Assento traseiro central deslizante, que podia ser transformado em mesa, bancos traseiros laterais basculantes, mesinhas do tipo avião para os passageiros, múltiplos porta-objetos sob os bancos e no assoalho, porta-garrafas, tudo foi previsto para tornar a vida a bordo mais simples.
O Scénic é um convite à viagem, o carro indispensável tanto para fins de semanas em família como para estes longos trajetos em que todos os ocupantes podem continuar suas atividades. Na época, o Scénic passa a ser o Espace da classe média, o monovolume das famílias. Este aspecto visionário oferece ao Scénic o título de “Carro do Ano” em 1997, fazendo dele um digno herdeiro de seu pai e avô, o Clio e o Renault 16.
Dando uma mãozinha aos clientes profissionais
O automóvel: ferramenta de trabalho ou objeto de lazer? A partir do início da saga do automóvel, as montadoras modificam seus veículos para torná-los capazes de atender ao uso profissional. O automóvel transporta, entrega, comercializa. A Renault compreende rapidamente a necessidade de adaptar os veículos aos usos profissionais e criar modelos diretamente relacionados a cada atividade. O veículo utilitário se consolida, distanciando-se pouco a pouco do carro de produção em série para atender diferentes especificidades profissionais. Entretanto, a força da Renault reside em sua capacidade de adaptar o automóvel em torno de noções aparentemente contraditórias, como o trabalho, o lazer e a família. O carro como arte de aproveitar a vida.
1952: Renault Colorale
1959: Renault Estafette
O Estafette se adapta a qualquer atividade. Três portas na traseira para facilitar a carga e descarga, uma porta deslizante (do lado da calçada) para fazer rápidas entregas nas lojas. E a grande novidade na época, uma porta deslizante para o condutor, cuja atividade passa a ser de motorista-entregador. São oferecidas cinco versões do Estafette. Zona Azul (para estacionar na cidade), furgão de 600 kg, furgão mais alto em relação ao solo, Picape com carroceria do tipo sider e Micro-ônibus de 9 lugares. Rapidamente chegam as adaptações para fazer do Estafette uma loja, oficina, ambulância, trailer, etc.
Com um quê de anticonformista, o Estafette ousa com uma linha um pouco rechonchuda. E para se distanciar do visual antiquado das carrocerias dos utilitários, ele recebe cores vivas, como laranja, amarelo e azul.
Uma celebração ao lazer
Especificamente na França, é graças à iniciativa de uma empresa que as férias pagas se consolidam naquele país. Antes mesmo de a lei entrar em vigor, a Renault oferece aos seus colaboradores a terceira semana de férias pagas (1955) e depois até mesmo a quarta semana (1962). Fazendo o papel de empresa-piloto, a Renault delineia os contornos de uma sociedade que desfruta do lazer, algo que vai progressivamente ser adotado em toda a Europa Ocidental. Seria de se espantar que a montadora estivesse à frente, oferecendo um carro polivalente, projetado ao mesmo para o trabalho e o lazer, para uso tanto durante a semana como no fim de semana?
1961: Renault 4
Sob o comando de Pierre Dreyfus, um presidente extremamente aberto às novas ideias, a Renault decide inventar o automóvel polivalente. Mas essa polivalência não tem um objetivo único. O automóvel deve ser uma ferramenta de trabalho de segunda a sexta, além de ser o carro de uma família que viaja nos fins de semana ou nas férias. O próximo modelo Renault será centrado na polivalência, feito tanto para a cidade e o campo como para uso durante a semana ou no fim de semana, para o trabalho e as férias, o homem e a mulher. Tão versátil como o jeans, em 1961 este carro é o Renault 4.
O modelo tem um assoalho plano e uma quinta porta traseira para permitir a carga e descarga sem dificuldade. Nasce a carroceria hatch, que oferece uma habitabilidade capaz de evoluir conforme a necessidade: basta rebater o banco traseiro para fazer que o veículo para a família se transforme em utilitário ou em um carro compacto pronto para viajar nas férias. Nasce o carro para aproveitar a vida.
1999: Avantime
A Renault ousa e aposta no anticonformismo. Na época dos cupês rebaixados, a Renault apresenta uma máquina imponente. Nada de linhas suavizadas, mas uma escultura barroca. No lugar de vidros afilados, verdadeiras aberturas envidraçadas, além do teto totalmente em vidro para dar a essa sala de visitas sobre rodas a iluminação de um loft. Não se encontra ali um painel de bordo com múltiplos displays e mostradores: o painel é clean, quase minimalista.
Antes da chegada dos SUV, o Avantime é uma ousada mistura entre um cupê e um monovolume. Ele representa o carro para o lazer do ano 2000.
Representante da liberdade
Durante aqueles trinta anos gloriosos após a 2ª Guerra Mundial, a marca imagina um carro único, prático e elegante, para melhor se adaptar às necessidades de uma mulher marcada pela dupla jornada, dedicando-se ao mesmo tempo à vida profissional e à família. Para os jovens, chegam finalmente os carros econômicos, e eles podem se inserir no mundo que depois eles contribuirão para modelar. Há tempos a Renault já havia previsto o automóvel como um novo vetor de emancipação da sociedade.
1969: Renault 12
O Renault 12 foi concebido sob uma visão internacional, com montagem prevista fora da França. Uma grande parte dos testes de desenvolvimento do modelo aconteceu no Brasil, lá mesmo aonde a Renault iria produzi-los, na fábrica localizada em São Paulo, que montava modelos Dauphine. Um esquadrão de engenheiros foi deslocado para lá em 1967, para acelerar o lançamento. Mas antes mesmo de ser vendido no Brasil, não é que o Renault 12 chegou à Romênia? Pierre Dreyfus, que sonhava em conquistar o mercado da União Soviética, chegou à Tchecoslováquia e à Romênia. O Renault 12 será montado em Pitesti sob a marca Dacia, tornando-se em 1969 o carro nacional. Dois anos mais tarde, a Renault assinava um contrato de montagem na Turquia. O Renault 12 se torna um carro mundial.
1972: Renault 5
Nesta lógica, a Renault imagina um carro para as mulheres. Esse será o Renault 5 (1972), um veículo compacto com formas arredondadas, que era a grande tendência na época. O carro tem apenas duas portas, para levar as crianças à escola com toda a segurança na parte traseira, uma tampa traseira fácil de levantar, dando acesso a um porta-malas prático para o supermercado, para-choques em material sintético, que respeitam as formas do carro, evitando as consequências das pequenas colisões. O n° 5 da Renault se torna a nova coleção de carros para aproveitar a vida.
O futuro já está logo ali
A chegada do século XXI é um vetor de mudanças, como era de se esperar. Restrições ecológicas, trânsito intenso, novas formas de consumo e de compartilhamento do automóvel: o mundo está mudando. Mais uma vez, a Renault faz novas reflexões, mas já oferece diversas soluções, capazes de responder às expectativas de um mundo globalizado: veículos elétricos, conectados, autônomos e até mesmo o primeiro robô-veículo. A Renault revela suas novas interpretações das relações a cada dia mais próximas entre o homem e o automóvel, para facilitar a vida dos clientes.
Sobre o Grupo Renault
O Grupo Renault é um grupo internacional presente em 134 países, tendo vendido mais de 3,76 milhões de veículos em 2017. O Grupo emprega atualmente mais de 180.000 colaboradores, tem 36 unidades industriais e 12.700 pontos de venda espalhados pelo mundo. Para responder aos grandes desafios tecnológicos do futuro e manter sua estratégia de crescimento rentável, o Grupo se apoia no desenvolvimento internacional, na complementariedade de suas 5 marcas (Renault, Dacia, Renault Samsung Motors, Alpine e LADA), nos veículos elétricos e em sua inigualável aliança com a Nissan e a Mitsubishi. Com uma nova escuderia na Fórmula 1, a Renault faz do automobilismo esportivo um vetor de inovação e notoriedade da marca.
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