Brasil supera a China em número de mortes pelo novo coronavírus
Ainda que o número de infectados, na China, pelo novo coronavírus, seja ainda bem maior do que no Brasil, a quantidade de óbitos brasileiros já ultrapassou a dos chineses: foram registradas nas últimas 24h 5.017 mortes no Brasil, contra 4.637 na China, no mesmo período. As autoridades de Saúde preveem que o ciclo viral no Brasil possa ser ainda mais surpreendente nas próximas semanas. Isso porque as restrições sociais têm sofrido baixas preocupantes em vários estados, onde acontece reabertura gradual das atividades comerciais, além de outras.
Esse relaxamento das medidas preventivas tem sido criticado pelas autoridades de saúde, que apontam a real possibilidade de o ciclo viral da doença atingir proporções incontroláveis de contágio. Mesmo porque não existe, no país, estrutura mínima compatível para assistir a maciça quantidade de vítimas do novo coronavírus. Vários estados estão com a capacidade de UTI comprometidas.
O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que o número de infectados não para de crescer. “É uma curva que evidencia o agravamento acelerado dessa situação”, descreve. Ele se reuniu com os governadores da Região Norte, quando esteve em pauta as demandas que a Saúde enfrenta atualmente nos quatro cantos da Nação para fazer frente à pandemia. A falta de equipamentos foi um dos temas mais focados.
TRUMP QUER CORTAR VOOS ENTRE O BRASIL E EUA
Por causa dessa falta de controle sobre a pandemia no Brasil, o presidente dos EUA, Donaldo Trump, ameaçou suspender os voos entre o Brasil e EUA. Reuniões estão sendo feitas nesse sentido com alguns governadores americanos.
O número de mortes nos EUA, em função da covid-19, já é maior do que as baixas ocorridas durante a guerra do Vietnã: 58.355. Trump tem manifestado cautela rigorosa para evitar maior proporção dos atuais índices; e mesmo afirmando ser “amigo do presidente brasileiro”, evidenciou desejo de oficializar proibição de voos entre os dois países.
Questionado ontem, na porta do Palácio do Planalto, sobre os 5.017 vitimados pelo vírus, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse lamentar o fato, mas que, apesar de ser Messias (nome), não fazia milagres. Posteriormente, ele se solidarizou ao vivo com os familiares das vítimas, reforçando os sentimentos de solidariedade à dor pelas perdas.
A resposta presidencial produziu efeito bombástico nos meios políticos, sendo tachada como deboche a uma situação extremamente grave que o Brasil atravessa, por causa dessa pandemia. Várias lideranças políticas (governadores, senadores, deputados) se manifestaram igualmente contrárias. Enfatizaram esperar do presidente apenas que ele governe o país seriamente e municie os Estados em suas necessidades emergenciais, básicas. “Ninguém quer milagres, mas, sim, ações efetivas para combater o novo coronavírus”, foi a tônica das respostas dos entrevistados.
Por Redação Site
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