Virgem concebeu Jesus, primor de luz…

Jesus foi concebido num útero virgem. Pródigo, o Espírito Divino envolveu de luz o precioso ventre feminino, núcleo inocentemente fecundo; foi escolhido por Deus entre milhões de seres do globo terrestre…
Iniciou-se, desse modo, inédito processo genitor do Unigênito, que despontou Cristo solenemente no meio de homens comuns…
No início, o humilde Pedro ficou sem entender os desígnios do Senhor; quis, inclusive, retroceder no sério compromisso de cônjuge, de se unir com o esbelto corpo feminino – devoto recipiente de sentimento cúmplice; o mesmo ser que Deus elencou como elo perfeito do Seu projeto de expurgo dos erros cometidos pelos homens…
Surpreso e triste pelo ocorrido, Pedro hesitou muito em compreender tudo… “Virgem com filho? Como pode isso?” – questionou-se.
Ciente dos receios de Pedro, Deus o visitou por meio de outro discípulo luminoso, oriundo dos Céus, e lhe explicou o porquê de tudo. Pedro compreendeu, de vez, o privilégio de poder conviver com o Filho do Homem!
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O tênue corpo virgem fertilizou Cristo de modo sereno… E o primeiro choro do bebê pôde ser ouvido meses depois, num ponto ermo, entre grotescos “lençóis de feno”; rústico berço desértico. Foi onde Jesus recebeu presentes e devotos mimos de reis; reconhecimento prévio do Seu Poder Divino.
Jesus veio e cumpriu, em silêncio, o Seu nobre desígnio de ‘Cordeiro de Deus’, sem nenhum temor do conhecido destino de morte…
Mesmo nos seus tempos de menino, Cristo surpreendeu pelos irretorquíveis gestos piedosos que externou em encontros diversos com seus seguidores. Houve grupos opositores, lógico, céticos em tudo que ele disse…
Perto do templo, em pleno burburinho do comércio livre, movimento que considerou legítimo desrespeito com Deus, Jesus impôs inédito gesto enérgico: momento em que o chicote sibilou como corretivo dos homens…
Sempre com seus seguidores, ele peregrinou entre os povos, percursos feitos por vezes no lombo de jumentinhos ou com os pés no pó.
Por onde esteve, ressuscitou mortos, curou cegos, leprosos e doentes; serviu vinho tinto, peixes, e promoveu fenômenos diversos onde esteve. Uns imprevisíveis, porém sempre com poder envolvente no seu longo rito religioso.
Ele perdoou, inclusive, quem Lhe impôs sofrimentos medonhos no entendimento forçoso do bem. Utilizou-se do leque de bons princípios que herdou dos seus genitores terrestres e os preciosos dons concedidos pelo Todo Poderoso.
Sempre gentil e solícito, Jesus legou lições de bom procedimento no complexo exercício de viver. Dois bons exemplos que o Mestre divino deixou impressos no Seu breve tempo de convívio entre os homens comuns…
Enfim, foi perseguido e morto por ser primoroso filho de Deus, ser Supremo e evoluído 100%; Seu fiel grupo de discípulos sofreu destino idêntico…
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Jesus conseguiu convencer multidões em todos os segmentos em que militou com convicto sentimento de fé. Pregou sermões lúcidos, promoveu o bem, ouviu seguidores e direcionou conselhos inteligentes. Sermões eloquentes, com forte teor sensível no psicológico de todos que considerou queridos de Si.
O inferno, conforme descreveu, “existe somente no interior dos homens desprovidos de fé em Deus.“Lúcifer é ser inferior, que sobrevive do medo dos descrentes.”
É comum dizer que o próprio Jesus Cristo, mesmo omitindo-se do crivo público de pleitos eletivos, foi experiente político do seu tempo; sucesso que o tempo solidificou e Lhe trouxe respeito religioso. Isso porque pôde unir gestos de luz com outros de nível superior. Ele se desvinculou dos tesouros que os seres comuns sempre querem…
FIM
Por João Carlos de Queiroz
*Texto acima sem a vogal A.