Várzea Grande-MT: Consultório na Rua leva assistência social e serviços de saúde para grupos vulneráveis

A equipe é composta por psicólogo, assistente social, enfermeiros, agente social, motorista e coordenação

Instituído pela Política Nacional de Atenção Básica, do Ministério da Saúde o “Consultório nas Ruas” tem como objetivo ampliar o acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde, ofertando, de maneira mais oportuna, atenção integral à saúde para esse grupo populacional, que na maioria das vezes se encontra em condições de vulnerabilidade e com os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados.

Implantado pela Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande o ‘Consultório de Rua’ é composto por uma equipe de profissionais multidisciplinar que desenvolvem ações integrais de saúde frente às necessidades dessa população. O atendimento é realizado de forma itinerante e, quando necessário, desenvolvem ações em parceria com as equipes das Unidades Básicas de Saúde do município.

A coordenadora do Programa, Soraya Miter Simon, fala do sucesso do ‘Busca Ativa pela Vida’ desde que começou a ser executado em Várzea Grande e de como todo o trabalho vem ganhando força graças a atenção recebida por parte da gestão atual que se preocupada em levar saúde de qualidade a todo e qualquer cidadão várzea-grandense. “O programa promove a inclusão social, devolvendo a dignidade de cada cidadão que escolheu ou foi escolhido pelas ruas. A importância do programa é sim, prestar atendimento aos que moram ou trabalham nas ruas da cidade. Já avançamos muito desde o começo e a tendência é avançar cada vez mais, porque graças a prefeitura de Várzea Grande podemos oferecer cada vez mais opções de atendimento para esses pacientes”, conta o coordenadora.

O secretário Municipal de Saúde de Várzea Grande, Diógenes Marcondes explica que além do atendimento médico o projeto, promove também a inserção de moradores de rua em situação de exclusão social, em projetos sociais, possibilitando um espaço concreto do exercício de direitos e cidadania. “Estamos nos empenhando para atender cada vez melhor e mais rápido essa população, porque chegar até eles e convencê-los que eles necessitam do atendimento e do possível tratamento nem sempre é fácil. A equipe está de parabéns porque vem apresentando dados cada vez mais positivos em relação aos atendimentos e a permanência desses pacientes nos tratamentos até o final. Usamos a seguinte política, se o paciente não vai até o SUS, o próprio SUS vai até ele, o importante é garantir a promoção à saúde pública do nosso município”, garantiu o secretario de Saúde.

A coordenadora explica que as equipes dos Consultórios na Rua podem ser organizadas em três modalidades, a modalidade 1 formada  por 4 (quatro) profissionais, a modalidade 2  – equipe formada por 6 (seis) profissionais,  a modalidade 3 – equipe da Modalidade II acrescida de um profissional médico.

“Os trabalhos funcionam da seguinte forma, as equipes realizam o mapeamento dos principais pontos onde possuem moradores de rua usuários de algum tipo de droga ilícita ou lícita em locais públicos, para possíveis locais de atendimentos. Em seguida oferece orientação, prevenção e acompanhamento de doenças infectocontagiosas associadas ao uso indevido de álcool e drogas. Realizam encaminhamentos aos demais serviços da rede. Fazem também o acompanhamento com os pacientes com Tuberculose, HIV e DSTs que se encontram em situação de rua e estão sem tratamento. Todo atendimento é compartilhado e encaminhado para as equipes de atenção básica das Unidades de Saúde do território. Em conjunto com a Atenção Básica promovemos  campanhas de vacinação aos usuários de drogas, moradores de rua, profissionais do sexo e outros em situação de vulnerabilidade”, explicou a coordenadora Soraya Miter.

O morador de Rua conhecido somente como Rodolfo, que atualmente vive na região do aeroporto em Várzea Grande, fala com gratidão sobre a equipe que o atende a cerca de um ano e meio. “Eu só tenho a agradecer a toda a equipe do Consultório de Rua, toda vez que eu precisei deles obtive a ajuda que necessitava. Além disso, consegui outros tipos de atendimentos através da equipe, que deve ter muita preocupação e consideração com todos nós moradores de rua que muitas pessoas nem quer chegar perto, eles nos atende com toda dedicação do mundo, deixo aqui meu muito obrigado pra eles e que o poder público nunca cancele esse projeto, que faz muita diferença na vida de pessoas como nós”, fala o morador de rua, que é natural de São Paulo e passou a viver nas ruas desde que chegou em Várzea Grande.

O Programa é idealizado pelo Ministério da Saúde e foi implantado em Várzea Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. Com o nome  de ‘Busca Ativa pela Vida’ o Consultório de Rua percorre locais de vulnerabilidade social levando assistência e atendimento aos  moradores de rua, profissionais do sexo e usuários de drogas que se encontram em vias públicas. Atualmente cerca de 90 pessoas são atendidas por dia. O atendimento que funciona de segunda à sexta, das 18h às 22h30, em pontos estratégicos da cidade por onde os moradores costumam se concentrar, mas nunca são pontos fixos. Composto de uma equipe multidisciplinar, o consultório móvel, conta com psicólogo, assistente social, enfermeiros, agente social, motorista e coordenação. As visitas têm a proposta de redução de danos causados pela vulnerabilidade, com tratamento de saúde, além de levar informação e cuidados de prevenção à saúde.

Por: Letícia Kathucia – Secom/VG

 

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