Por Agência Brasil – Brasília – Em entrevista ao programa Impressões que vai ao ar nesta terça-feira (24), às 23h, na TV Brasil, da EBC, o músico Roberto Menescal recebeu a equipe em sua casa, no Rio de Janeiro. Falou sobre sua carreira, projetos e shows agendados pelo país.
Para comemorar os 60 anos da bossa nova e seus mais de 80 anos de vida, Menescal vai lançar um canal no youtube e publicar a sua biografia. Sobre a publicação, ele não demonstra nenhuma vaidade.
Ele disse que prefere não saber o que está sendo escrito para não correr o risco de autocensura.
“Eu entreguei meu baú, que fica fechado. Eu jogo lá dentro e digo, pronto, já foi”, revela sobre as suas obras produzidas para a confecção do livro “O arquiteto da canção” que está sendo preparado há quatro anos.
No bate papo descontraído, o instrumentista e compositor de músicas como “Barquinho”, “Você”, “Nós e o mar” e “Rio”, também aborda as recentes parcerias. Lembra com orgulho do projeto feito com a cantora Fernanda Takai em que ambos fazem releituras da obra de Tom Jobim, e conta sobre a parceria com Leila Pinheiro e o baixista do Barão Vermelho, Rodrigo Santos.
Parceria com Emílio Santiago
Sobre a sua generosidade com as gerações de músicos e cantores mais novos, com um sorriso no rosto Menescal relembra: “Meu parceiro dizia que eu era rabo de cometa, estava sempre atrás da estrela.” Um desses talentos foi Emílio Santiago.
“Consegui fazer um projeto que deu um sucesso muito grande, que foi o Emílio Santiago. Propus a ele o projeto Aquarela Brasileira. A gente fez sete discos, ele vendeu seis milhões de discos”, recorda.
Artista que já compôs mais de 400 músicas, Menescal disse que ainda tem muita produção pela frente e conta de forma divertida sobre o surgimento da bossa nova.
“A gente procurou evitar na nossa música o baixo astral, né? Isso não tem. Sofrência, não! Porque tem outras músicas para você fazer sofrência”. E completa: “Vamos viver a vivência, né? A vontade de ser feliz”.
Sobre o futuro, Menescal arrisca: “Até mais dois anos vocês vão ver uma mudança muito grande”. Ele diz que não tem elementos para provar as suas teorias, mas lança um conselho: “Leiam as histórias do século, um resumo de cada século. E todo ano 21 e 22, você tem os intelectuais, seja da música, seja da escultura, da dança, né? Eles se reúnem e definem o que é que vai ser o século. Então, tem uma coisa chegando aí. Podem ter certeza”, finaliza.
Exibição: Terça-feira (24/9) às 23h
Reprise: Domingo (29/9) às 23h30