Three Grumman HU-16 Albatrosses Form Up.

Créditos da produção/postagem do vídeo no Youtube: TP Aero Publicado em 2 de dez de 2013 - A rare short-film of 3 Grumman HU-16 Albatrosses forming up for the joy of flying the magnificent Upper Mississippi River & Lake Pepin on June 13, 2013.

Redação site – Para quem nunca pilotou ou voou num anfíbio/hidroavião (esse último só decola/pousa na água), a sensação é totalmente inversa à de voos em aeronaves convencionais. Para começar, a decolagem em máquinas semelhantes exige maior perícia dos pilotos, pois qualquer erro pode resultar num capotamento da aeronave em plena água. Por ser na água, isso não descarta óbitos e outras sequelas…

O piloto de anfíbios e hidroaviões também precisa calcular bem o espaço disponível à frente e, principalmente, as condições meteorológicas e da pista aquática: se não há ventos fortes e ondas dificultadoras ao processo de decolagem. A aterrissagem exige os mesmos cuidados.

Posteriormente à checagem dos instrumentos (temperatura, magnetos, mistura rica/pobre, combustível, etc…), o piloto ajusta compensador, flapes e leme direcional, antes de atacar pra valer a manete de aceleração…

Seja um ou outro – pelas características quase gêmeas de operação -, todo o trabalho de decolagem com anfíbios e hidroaviões tem início após o aparelho deslizar meio de lado, com uma das asas atritando ocasionalmente a água, em busca da melhor proa de decolagem.

O ponto ideal do procedimento de voo é quando o avião dispara as RPMs do motor e começa a esquiar mais solto. Aí, o trabalho no compensador é intensificado, a fim de proporcionar equilíbrio. É preciso sempre a máxima atenção em todos os procedimentos iniciais, advertem os operadores veteranos dessas aeronaves.

Já deslizando superveloz na água, aquela asa meio tombada, mencionada inicialmente, assume então uma posição mais alinhada à sua irmã logo nos primeiros 15 metros de corrida na água, dependendo, lógico, do grau de aceleração. Há pilotos que deixam para impor a força máxima de decolagem (torque) bem mais à frente em pistas terrestres ou aquáticas, enquanto outros aeronautas preferem graduar a potência nesse tipo de procedimento, nivelando-a conforme o espaço de pista disponível. Em se tratando de mar, podem graduar à vontade, porque há um ilimitado aconchego de pista azul diante da máquina…

O fato é que nem toda decolagem em anfíbios e hidroaviões é dessa forma, e algumas têm limites bem críticos. Assim, o melhor mesmo é retirar a aeronave logo das águas, antes de ser surpreendido por algo nada agradável. Na tentativa de decolar de lagoas, por exemplo, já aconteceu de pilotos invadirem a margem terrestre, quando o avião virou um veloz arrasta mato

Já em voo, o anfíbio e o hidroavião emprestam alguma impressão pesada, aparentando estarem extenuados em cumprir a missão aérea. Isso é reforçado quando a aeronave aterrissa na água, como se fosse um pacote estatelado num colchão macio. Essas aterrissagens exigem idênticos cuidados dos pilotos. Há casos de acidentes graves com anfíbios também na aterrissagem pelo não recolhimento do trem de pouso, descuido fatal.  O “capotamento n’água” é uma das consequências mais comuns.

O policial rodoviário federal, Gilmar, residente em Cuiabá, é piloto de um ultraleve anfíbio (marca Petrel). Ele já registrou acidentes semelhantes no Pantanal-MT. Felizmente, não teve ferimentos. Mas o Petrel ficou bastante avariado com o choque aquático…

No mais, voos em aviões anfíbios e hidro são deliciosos. Nada como sentir a brisa d’água invadir a cabine semi-aberta na decolagem ou aterrissagem.  O vídeo ora postado mostra mais um pouco sobre essa sensação diferente de voar…