Da Redação Site – A pirraça protagonizada hoje (6) pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, negando-se a acatar a ordem judicial emitida pelo juiz Sérgio Moro, representa explícito jogo de cena. Não se trata de nenhum recuo prudente, de preservação à figura do mártir (típico Tiradentes) que os inimigos de Lula querem combalir, como pretende a maioria dos seus partidários, mas, sim, uma encenação pífia. Informações dão conta de que nem a própria Polícia Federal de Curitiba ainda sabe quando e como exatamente poderá cumprir a sentença de prisão. Talvez aconteça após a missa, neste sábado, em homenagem à ex-Primeira dama do País, Marisa Letícia.
Prender Lula à noite também foi descartada pela corporação, que salienta a importância de ser acatada a máxima prudência no caso, praxe da Justiça. Isso talvez inclua acatar solicitações da defesa do ex-presidente, a exemplo de cumprir a pena em São Paulo, não em Curitiba-PR. É um imbróglio que o PT também tem de descascar com serenidade, opinião de estrategistas.
IMPRENSA STF
Caso Lula resolva se entregar em Curitiba-PR, a PF já tem helicóptero disponível para efetuar o traslado entre o Aeroporto Afonso Penna, em São José dos Pinhais, até sua sede. E um avião igualmente pronto para decolar no Aeroporto de Congonhas, São Paulo. Em Curitiba, não há programação de submeter o ex-presidente a exame de corpo delito.
MANIFESTANTES CONTRA E A FAVOR DO EX-PRESIDENTE LULA TOMARAM AS RUAS DAS PRINCIPAIS CIDADES DO PAÍS. E OS PROTESTOS DE AMBOS OS LADOS CONTINUAM…
Na realidade, para quem acompanha, há tempos, a pressão descomunal que grupos petistas fazem contra qualquer coisa que ameace suas fronteiras de cobiça, interpondo-se agressivamente contra tudo e todos em cenários públicos distintos, a presente birra de Lula – ora em deliberada fuga da prisão – é perfeitamente previsível. Em Belo Horizonte, vândalos picharam hoje (6) o prédio em que a ministra Cármem Lúcia tem apartamento. Intimidação sinistra à decisão do STF, que cassou a liminar que garantia a liberdade de Lula.
Aquartelado, desde ontem, no Sindicato dos Metalúrgicos no ABC Paulista, e sob proteção de nervoso exército popular, Lula deu a entender ter agido de caso pensado ao ignorar a ordem judicial. No despacho do juiz Sérgio Moro, havia sido estabelecido que, apresentando-se voluntariamente, Lula não usaria algemas em hipótese alguma. Isso, desde que se apresentasse até às 17 horas, prazo estipulado (e desrespeitado) do mandado de prisão.
ÉDSON FACHIN – A esperança de Lula, dos petistas e simpatizantes de Lula está novamente centralizada num novo pedido de concessão de habeas corpus impetrado hoje no Supremo Tribunal Federal. O ministro Edson Fachin é o relator do caso, determinação da presidente do órgão, Cármem Lúcia. Resta saber se Fachin vai acatar o pedido da defesa do ex-presidente ou o despacho do juiz Sérgio Moro, pela prisão de Lula.
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