Bacharel em Serviço Social, e com longa militância na área de Saúde Pública do município de Cuiabá, Jânie Batista Costa sempre teve olhar diferenciado para nuances do setor. Entre elas, exemplifica, a Síndrome de Down, erroneamente qualificada por muitos como doença – o que ela rebate de forma veemente.
“Down é condição, jamais uma doença! Infelizmente, alardeou-se cultura equivocada a esse respeito pelo fato de crianças, jovens e adultos {com Down} serem mais sensíveis a determinadas enfermidades, apresentando características e personalidades únicas”.
Uma outra observação destacada pela técnica é que a síndrome de Down não tem qualquer relação com o ambiente familiar. Ou seja: não é desenvolvida por causa do comportamento dos pais.
“Não há nada que eles {pais} possam fazer para evitar a síndrome. Mas é importante que observem o comportamento das crianças desde a fase precoce. Alguns sintomas já se evidenciam a partir daí…”
Jânie reforçou ainda que crianças e adultos com Síndrome de Down necessitam de atenção carinhosa por parte de todos, para que se sintam plenamente acolhidas nos ambientes.
“Comumente, atribui-se Down como retardamento, o que não tem nenhuma relação. A imprensa noticiou há pouco o caso de um jovem com essa síndrome que foi aprovado em primeiro lugar para Medicina, no interior paulista. Então, isso, por si só, isso já desmonta argumentos de inferior capacidade intelectual de quem tem Down”.
Baseando-se em tais aspectos, Jânie observa que a síndrome de Down não é, portanto, fator impeditivo para o exercício em nenhum campo profissional, facultando progressos ilimitados das capacidades pessoais.
“Daí ser importante facultar oportunidades a quem tem Down. Inferiorizá-los é desmerecer o valor do seu potencial humano, igualmente presente em todos nós. Conheço pessoas com Down que realizam atividades até complexas à maioria dos ditos “normais”; termo utilizado desumanamente na concepção discriminatória de alguns”.
Assim, não raro, complementa Jânie, os que apresentam condição de Down podem se tornar autodidatas em setores exigentes de habilidades específicas, logrando obter graduações sequenciais.
“É um desenvolvimento natural; conseguem isso sem maiores entraves. Basta entrar na internet e veremos mil exemplos. São 100% capacitados para exercer funções distintas, integrando-se uniformemente à sociedade. Jamais podem ser rotulados de modo discriminatório”.
Partindo também do princípio humano, salientou, os que têm Down amam, aprendem, sonham, sentem saudades, frustrações e desenvolvem normal cotidiano de vida.
“A sociedade mundial precisa ter esse acalento, a fim de ampliar o amor e a compreensão. É o que desejamos no Dia Internacional da Síndrome de Down”, conclui Jânie.
Por Editoria
Fonte de pesquisa: Por Movimento Down
Vídeo: divulgação YOUTUBE