Sesp e Sema orientam sobre cuidados que devem ser adotados em Parques Estaduais

A principal orientação é não portar objetos de valor que não serão utilizados durante a prática esportiva, como relógios, correntes, brincos ou pulseiras de ouro, por exemplo

Juliana Carvalho e Nara Assis | Sema-MT / Sesp-MT – Com o objetivo de evitar roubos, furtos e outros tipos de crime, a Polícia Militar (PM-MT) atua constantemente nas áreas internas dos Parques Estaduais. Mas algumas medidas preventivas também podem contribuir para evitar que delitos ocorram nestes ambientes. A principal orientação, segundo o tenente PM André Luís Carreira Rodrigues, é não portar objetos de valor que não serão utilizados durante a prática esportiva, como relógios, correntes, brincos ou pulseiras de ouro, por exemplo.

O policial, que integra o 10º Batalhão de Polícia Militar, orienta ainda que as pessoas evitem andar sozinhas, principalmente nas trilhas em que a vegetação é mais fechada. “Se possível, é melhor andar em grupos de duas ou três pessoas, e evitar horários em que a iluminação é muito baixa, pois os indivíduos podem aproveitar para se esconder e, assim, têm mais facilidade para praticar o delito”.

Evitar deixar bolsas e objetos de valor à mostra no interior dos veículos também ajuda a evitar ocorrências, além de verificar se os carros estão trancados. Segundo o tenente, algumas pessoas têm o hábito de deixar a chave no pneu do carro para não carregar durante a caminhada no parque, o que não é recomendável. Caso haja qualquer ocorrência, a orientação da PM é não reagir e acionar a polícia o mais rápido possível.

No caso de ter o aparelho celular roubado ou furtado, é preciso procurar a pessoa mais próxima que possa ligar para o 190. Durante a ação, perceber alguns detalhes do autor do roubo auxilia o trabalho da polícia nas buscas ao suspeito. Características físicas como tatuagem, cor dos olhos, dos cabelos, cicatriz, entre outras, são alguns exemplos. Identificar a vestimenta ou direção tomada após a abordagem também são detalhes importantes.

O boletim de ocorrência (BO) é fundamental para aprimorar as ações preventivas e ostensivas da PM, pois por meio da análise dos dados é realizado o planejamento. Sem informações que apontem as áreas e tipos de abordagem mais frequentes, o trabalho fica prejudicado. Este ano, por exemplo, a gerência do Parque Estadual Mãe Bonifácia, em Cuiabá, relatou que ocorreram quatro roubos, crime que não era registrado nos últimos quatro anos.

Já a Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEAC) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), que quantifica as ocorrências de acordo com os BO’s, registrou dois roubos em 2018. “Por isso, é fundamental que o cidadão registre o boletim de ocorrência tão logo o fato aconteça”, acrescenta o tenente André Luís Carreira. Ainda de acordo com a CEAC, o Parque Estadual Massairo Okamura não teve registros este ano, e o Zé Bolo Flô apresentou quatro furtos e um roubo em 2018.

Outros cuidados

A respeito do horário de funcionamento e iluminação do parque, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) ressalta que os Parques Mãe Bonifácia, Massairo Okamura e Zé Bolo Flô são unidades de conservação do tipo proteção integral e por isso os hábitos noturnos da fauna devem ser respeitados. As regras precisam ser seguidas para que o ambiente continue cumprindo o papel biológico e social. Outra restrição é a entrada de animais domésticos, por oferecerem risco à fauna local.

Outro ponto importante: os animais não devem ser alimentados. Isso vale para os macacos, por exemplo, que não podem ingerir alimentos destinados a humanos. Com relação às famílias com crianças, a Sema orienta que os responsáveis supervisionem os menores, pois os espaços oferecem diversos riscos, como galhos secos e pontiagudos, pedras, buracos, animais silvestres e outras situações que podem levar a quedas e ferimentos.

As unidades de conservação de proteção integral visam à proteção da natureza, por isso as regras são mais restritivas. Nesse grupo é permitido apenas o uso indireto dos recursos naturais, ou seja, aqueles que não envolvem consumo, coleta ou danos aos recursos naturais. Entre os usos indiretos, estão a recreação em contato com a natureza, turismo ecológico, pesquisa científica, educação e interpretação ambiental.