Sema também articula paralisação geral dia 12 em Mato Grosso

Servidores da Secretaria do Meio Ambiente têm feito reuniões para deliberar quais procedimentos serão adotados nos próximos dias, em face de atrasos salariais e perdas dos direitos da categoria impostos pelo governo estadual. A deflagração de greve geral na Pasta tem sido endossada nas assembleias

Os professores da rede estadual já têm outra importante categoria de apoio à iniciativa grevista que anunciaram para acontecer neste dia 12: também os servidores da Sema – Secretaria de Estado de Meio Ambiente anunciam franca disposição de aderir à greve, por conta do que consideram desmando administrativo do atual governo (Mauro Mendes).

Desde que assumiu o Palácio Paiaguás, conforme os sindicalistas, Mendes vem trabalhando firme para neutralizar os mínimos espaços de comodidade profissional conquistados pelo funcionalismo mato-grossense. Posição já tachada de “maquiavélica e de franco retrocesso ao desenvolvimento de Mato Grosso”, em virtude da grande importância do servidor na composição progressista do Estado.

Ao invés de direcionar incentivos merecidos aos funcionários públicos, como apregoou durante sua campanha, o governador decidiu assumir uma atitude de retranca opositora, trancando as portas da negociação salarial e derrubando reivindicações que se acoplam ao sentimento justiceiro que ainda não aconteceu nos quadrantes do serviço público estadual. Nunca foi essa a expectativa da massa de servidores que apostaram no seu governo, endossando apoio ao nome do ex-prefeito de Cuiabá nas urnas.

A continuar assim, preveem os servidores, o governo atual não irá muito longe, e ficará mesmo na história por situar Mato Grosso na condição de Estado da penúria, ainda que, nas contas oficiais de arrecadação, o território desponte com sólido suporte financeiro ano a ano, deixando à retaguarda as projeções tímidas das equipes que regem o setor econômico.

O que nenhum servidor ainda entendeu é o porquê de o governador Mauro Mendes estar com tanta disposição de artilharia contra o servidor público estadual, enquanto “poupa” setores que poderiam significar uma contrapartida de eficaz equilíbrio para resolver as pendências financeiras do Estado. Sem modéstia, Mendes tem mirado na figura do funcionalismo todos retrocessos que MT vivencia há anos, sem jamais atrelar os desmandos de corrupção perpetrados por figuras à parte da estrutura de trabalho honesto de governo.

Na opinião dos ambientalistas, a paralisação da Sema irá trazer muitos prejuízos ao território. Mas seus funcionários estão determinados a tomar tal decisão se for esta a melhor maneira de sacudir a consciência do governo para admitir que está no caminho errado. Tudo indica que MT irá parar de vez no dia 12.

Redação Site

 

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