Secretaria de Saúde dá início à Campanha Janeiro Roxo de Conscientização e Combate à Hanseníase

No ano de 2017 foram diagnosticados 226 casos novos no município, cinco a mais do que os registrados no ano de 2016

Kamila Arruda – A Prefeitura de Várzea Grande, por meio da Secretaria de Saúde, deu início nesta semana à campanha “Janeiro Roxo”, que trata sobre a Conscientização e Combate à Hanseníase. As ações voltadas para o combate, controle e enfrentamento a doença se estendem até o dia 26, em alusão ao Dia Mundial da Hanseníase que será no último domingo do mês de janeiro, dia 28.

A intenção é conscientizar a população e reafirmar o compromisso de luta contra a doença nos países endêmicos. No ano de 2017 foram diagnosticados 226 casos novos no município, cinco a mais do que os registrados no ano de 2016.

“Todos os nossos profissionais estão capacitados para dar um diagnóstico precoce e realizar o tratamento preciso. Essa é uma campanha nacional realizada em todo Brasil, e a prefeitura vem dando todo apoio e incentivo para ajudar nossa população. Todas as unidades de saúde estarão envolvidas em buscas ativas de pacientes faltosos, na avaliação de contatos e educação em saúde na comunidade”, destacou o responsável técnico, Marcelo Vieira.

A campanha irá atingir a todas as unidades de saúde da cidade. Durante toda a semana, as equipes de saúde estarão fazendo visitas domiciliares alertando quanto a propagação da doença. Além disso, serão realizadas palestras educativas e orientativas.

A fim de chamar a atenção das pessoas para os sintomas, e orientar para que  procurarem as Unidades de Saúde da cidade e realizarem as avaliações e exames necessários, também será realizada no dia 26 a entrega de folders e educação em saúde no Terminal Andre Maggi.

Causada pelo bacilo mycobacterium leprae, a hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica que atinge pele e nervos. Os principais sintomas são o aparecimento de manchas dormentes de cor avermelhada ou esbranquiçada, placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular, dores nas articulações, entre outros.

Ela pode atingir rosto, olhos, orelhas, nariz, braços, mãos, pernas e pés. Em geral, demora de dois a sete anos para o aparecimento dos primeiros sintomas e pode causar deformidades físicas caso não ocorra o diagnóstico precoce e tratamento imediato e adequado.

A doença pode ser identificada através de um diagnóstico clínico realizado nos centros de saúde. Ao identificarem a doença, o paciente já inicia o tratamento adequado o mais rápido possível. “Caso a pessoa demore a procurar as unidades, o avanço da doença pode comprometer os nervos e causar outras sequelas, se não tratada. Por isso, a importância de buscar sempre o auxílio médico para evitar a evolução da hanseníase”, revelou Marcelo.

A transmissão acontece quando o bacilo é eliminado pela pessoa doente durante a fala, espirro ou tosse. Por isso, também é importante que as pessoas que moram ou convivem com o doente também realizem os exames.