Exército pode revidar à altura da agressividade dos baderneiros que tentam forçar a continuidade da greve, já desfeita pela categoria dos caminhoneiros

A violência chegou ao extremo de os motoristas serem apedrejados pelos próprios companheiros ao tentar sair dos bloqueios, com os caminhões sendo saqueados e incendiados. A Polícia Federal já sabe que essa violência tem sido insuflada e praticada por baderneiros contratados por frotistas que se infiltraram nos bloqueios no final da greve
Redação Site – A greve, por parte dos caminhoneiros, já acabou, mas os bloqueios prosseguem nas rodovias federais e estaduais do País inteiro sob a coordenação de baderneiros contratados por frotistas para forçar a continuidade do movimento e fazer oposição ao governo Temer. E eles não hesitam em atacar e destruir caminhões e mesmo veículos pequenos que tentam passar pelas trincheiras, enfrentando policiais rodoviários e militares do Exército, que, por enquanto, tem agido prudentemente, sem retribuir a agressividade dos manifestantes. Apenas gás lacrimogêneo está sendo utilizado para coibir a violência.
Também elementos de esquerda, oposição ferrenha ao governo Michel Temer, estão integrados aos baderneiros, e pedem o retorno dos militares ao Poder, aclamação que o ministro Luís Antônio Barroso, do STF, qualificou de atitude incoerente aos princípios democráticos vigentes no País após a ditadura.
O fato é que essa baderna já fugiu ao controle geral, e a categoria dos caminhoneiros (União Brasileira dos Caminhoneiros e Associação Nacional dos Caminhoneiros) tem enfatizado que não há mais nenhuma disposição dos profissionais do volante em manter o movimento.  Muitos estão inclusive em cárcere privado nos acampamentos, sendo impedidos de prosseguir viagem.
Os atos acontecem em 16 estados, sem que as ações do Exército consigam neutralizar tanta violência, caracterizando legítima guerra civil. Os militares têm utilizado gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para tentar conter os ataques. Num dos carros pequenos, golpeado com barra de ferro, por pouco uma criança não foi atingida seriamente. Saques de cargas também são comuns em todos os pontos de bloqueio, e há inclusive confirmação de que motoristas têm sido rendidos com armas de fogo, e levados para cárcere privado, a fim de forçar a manutenção da greve.
A previsão é de que o Exército, além das ações pontuais voltadas à manutenção da segurança e ordem pública, adote uma linha mais ofensiva contra os baderneiros, revidando na mesma proporção da violência demonstrada nos confrontos. 
Mesmo com tantas barreiras impostas agressivamente pelos baderneiros orientados por frotistas e facções partidárias opositoras ao governo Temer, aos poucos a normalidade do abastecimento começa a voltar no País inteiro, em termos de combustível e gêneros alimentícios. Mas ainda é preciso escolta policial para garantir com que os produtos sejam ao seu destino. Em alguns casos, a exemplo de Goiás, os baderneiros conseguiram impedir o funcionamento dos postos abastecidos desde ontem.

 

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