P – O apoio que falta à área de mineração [para eventual processo produtivo em grande escala] teria que ser necessariamente da ala privada ou governamental?
Sheila – Esse é um projeto que ainda está na fase da pesquisa mineral; a apresentação da rocha na STONE FAIR, é para sentir o mercado. Esse tipo de empreendimento depende de inúmeros fatores para se consolidar. Dentre eles, viabilidade econômica, infraestrutura de transporte e, claro, aceitação no mercado. Creio que ainda teremos alguns anos pela frente até a efetivação do empreendimento e o Estado entrar no mercado de rocha ornamental definitivamente.
P – Qual iniciativa seria essencial para MT desencadear esse eixo produtivo?
Sheila – Mato grosso precisa investir no conhecimento geológico, através de cooperação com o SGB- Serviço Geológico do Brasil. Hoje, a maioria dos dados são de empresas privadas. Imagine se o Estado tivesse mapeado essa jazida! Seria uma outra realidade…
P – Já passou pela sua cabeça sediar evento semelhante em MT, para maior expansão das ideias apresentadas durante o decorrer da mostra?
Sheila – Mato Grosso ainda não possui know how neste tipo de empreendimento, para sediar um evento deste porte. É uma feira internacional, com participação dos principais importadores. Não temos, ainda produtos a oferecer em escala. É importante começarmos a participar e mostrar que MT pode entrar no radar do mercado de rochas ornamentais. É preciso destacar que é um mercado sazonal; hoje, determinada rocha é a bola da vez, o que pode mudar num próximo momento. Então é importante ter diversidade.
Por João Carlos de Queiroz, jornalista