Ramal do Agreste, sistema essencial para a condução das águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco à região com maior escassez hídrica de Pernambuco, foi uma das prioridades do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) em 2019. As obras receberam investimentos de R$ 591 milhões da Pasta ao longo do ano. Com 46,95% de execução física, o empreendimento, que teve início em 2018, segue o cronograma com previsão de entrega em fevereiro de 2021. Quando estiver pronto, abastecerá mais de 70 cidades, garantindo água de qualidade para cerca de 2,2 milhões de habitantes do sertão e do agreste do estado.
Situado no norte de Pernambuco, próximo à fronteira com a Paraíba, o Ramal está orçado em R$ 1,67 bilhão e possui 70,8 quilômetros de extensão. Sua capacidade de vazão é de 8 mil litros por segundo.
Entre os municípios que serão abastecidos com as águas do Velho Chico estão Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Belo Jardim e Arcoverde. Essas e outras localidades beneficiadas terão segurança hídrica e, ao mesmo tempo, expectativa de impulsionamento no desenvolvimento econômico da região.
Atualmente, as obras do Ramal empregam 2,6 mil trabalhadores. As equipes trabalham na construção de 42 quilômetros de canais e seis túneis – juntos somam 16 quilômetros de extensão -, além de cinco aquedutos, uma estação de bombeamento que elevará a água a uma altura de 219 metros, uma adutora de 7,2 quilômetros de extensão e dois reservatórios.
Programas socioambientais
Para o Governo Federal, cuidar do meio ambiente e da população que habita no entorno do Ramal do Agreste é tão importante quanto a execução da obra. Até momento, foram investidos R$ 50 milhões na execução de 17 programas ambientais.
As medidas visam compensar os impactos gerados durante a fase de construção, com ações de assistência às famílias que residem na faixa da obra e, também, voltadas à saúde e segurança dos trabalhadores do projeto. Equipes especializadas atuam, ainda, na preservação da fauna e flora local.
Outras atividades importantes estão relacionadas ao resgate de elementos históricos e arqueológicos que remontam as antigas civilizações, além de cuidados com solo e os recursos hídricos da região. As medidas adotadas pelo MDR foram recomendadas pelo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e pelo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) – ambas chanceladas pela Agência Estadual de Meio Ambiente do Pernambuco (CPRH).
Por site gov.br /Com informações do Ministério do Desenvolvimento Regional