O Ministério da Cultura divulgou no último dia 31, sexta-feira, no Diário Oficial da União, o resultado de habilitação das inscrições do Prêmio Culturas Populares 2018 – edição Selma do Coco. Ao todo, foram 2.227 inscrições, sendo 1.482 habilitadas: 784 de mestres, 367 de grupos e comunidades, 296 de instituições privadas sem fins lucrativos e 35 de herdeiros de mestres já falecidos (in memoriam).
Os candidatos inabilitados terão cinco dias corridos a partir desta sexta-feira para enviar pedido de reconsideração da fase de habilitação para o e-mail coedi@cultura.gov.br por meio deste formulário. A próxima etapa é o recebimento e o julgamento dos pedidos de reconsideração, que está previsto para ser divulgado na segunda quinzena de setembro.
“Este edital vem valorizar os fazedores de cultura popular, reconhecer o importante trabalho feito por mestres, grupos e entidades. Além disso, o repasse financeiro permite que as atividades desenvolvidas pelos premiados tenham continuidade”, destaca a secretária de Diversidade Cultural do MinC, Magali Moura. “O prêmio também é importante para que identificar quem são os fazedores de cultura popular do país, saber com qual tipo de manifestação cultural eles trabalham e onde estão localizados. Isso gera um rico material que serve de base para o ministério trabalhar e pensar em políticas públicas mais efetivas e direcionadas para esse importante segmento”, completa.
Representantes de todos os 26 estados e do Distrito Federal se inscreveram no Prêmio. Os estados com mais inscritos foram Paraíba (254), Minas Gerais (238), Bahia (228), Pernambuco (221) e São Paulo (194).
Serão 200 prêmios para iniciativas de mestres e mestras (pessoa física); 180 para iniciativas de grupos sem CNPJ; 70 para pessoas jurídicas sem fins lucrativos; 30 para pessoas jurídicas com ações comprovadas em acessibilidade cultural; e 20 para herdeiros de mestres e mestras já falecidos (in memoriam). Neste ano, o valor da premiação passou de R$ 10 mil para R$ 20 mil, além de incluir a inscrição de novas categorias (como a capoeira) e grupos sociais (como ciganos e indígenas).
Após a habilitação, uma comissão de seleção e avaliação irá avaliar o mérito das propostas. Entre os critérios a serem analisados estão contribuição sociocultural que o projeto proporciona às comunidades; melhoria da qualidade de vida das comunidades a partir de suas práticas culturais; e impacto social e contribuição da atuação para a preservação da memória e para a manutenção das atividades dos grupos, entre outros.
Premiação
O objetivo da iniciativa é fortalecer as expressões culturais populares brasileiras, retomando práticas populares em processo de esquecimento e que difundam as expressões populares para além dos limites de suas comunidades de origem. Exemplos dessas iniciativas são o cordel, a quadrilha, o maracatu, o jongo, o cortejo de afoxé, o bumba-meu-boi e o boi de mamão, entre outros.
Neste ano, a premiação homenageia a cantora pernambucana Selma do Coco (1929-2015). Nascida na cidade de Vitória de Santo Antão, Selma deixou como principal legado a sua contribuição para a consolidação do coco, ritmo típico do Nordeste brasileiro, como referência nacional. A artista gravou três álbuns e participou de festivais internacionais nos Estados Unidos e na Europa, além de ter ganhado o antigo Prêmio Sharp, hoje Prêmio da Música Brasileira.
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura