Redação / Foto: iStock.com / Fonte: iCarros – A poucos dias do fim do Inovar-Auto, que deixará de vigorar em 31 de dezembro, o futuro da indústria automotiva no Brasil ainda é incerto. O novo programa Rota 2030 ainda não foi assinado e segue em discussão no governo, embora a previsão inicial era de que ele fosse concluído até agosto. Enquanto isso, é certo apenas que os 30 pontos percentuais extras do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e a cota-limite de 4.800 unidades/ano serão extintas. Mas isso não significa boas notícias para os brasileiros.
“A menos de 30 dias do fim do Inovar-Auto, é um alento para o setor de veículos importados vislumbrar a possibilidade de retomar suas vendas, sem os 30 pontos percentuais do IPI e sem a cota-limite de 4.800 unidades/ano. Nossa previsão de fechamento de vendas para 2017 era de 27 mil unidades. Agora, chegaremos a 29 mil unidades, mas ainda muito aquém de nossas reais possibilidades”, disse José Luiz Gandini, presidente da Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores). Para 2018, a estimativa é de 40 mil unidades.
Mas Gandini reafirma que, com o fim do programa Inovar-Auto em dezembro e a adoção do programa Rota 2030 a partir de 2018, os preços dos veículos importados não irão cair. “Ao contrário, uma vez habilitadas ao Rota 2030, empresas que não conseguirem cumprir metas a serem estabelecidas pela nova política industrial poderão ter seus produtos com preços majorados”, explica. Por isso, ele alerta os consumidores para que fiquem atentos diante dessa possibilidade de acréscimo nos preços por conta de impostos em caso de não-atendimento integral ao Rota 2030.