Nara Assis | Sesp-MT – Na madrugada desta terça-feira (08.05), o soldado PM do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), José Luiz da Silva Sebalho, conseguiu evitar uma tragédia. Ele voltava sozinho de Cáceres (214 km a Oeste de Cuiabá), na BR-174, quando avistou o início de incêndio em um caminhão que estava estacionado no pátio de um posto de gasolina. A carga de madeira teca já estava sendo consumida e, após acionar a sirene e o giroflex, o policial se aproximou da cabine, quando percebeu que o motorista, Issac Francisco do Carmo, de 36 anos, estava dormindo.
“Quando acordou, ele ficou desesperado. Fui acalmando-o e percebemos que a carga estava próxima do tanque de combustível, então nós dois tiramos os cabos de aço e desacoplamos. Ficou um pouco de madeira na carroceria pegando fogo ainda, então pedi para ele colocar o caminhão o mais distante do posto possível, para evitar uma explosão, e acionei a base do Gefron e o Corpo de Bombeiros”, relatou o soldado. Também compareceram equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Militar (PM-MT) de Glória D’Oeste e Porto Esperidião.
O fogo consumiu todo o reboque de Rodofort, da cidade de Barra do Bugres, que estava acoplado ao caminhão Volvo NL-10 de Mirassol D’Oeste, este último não foi atingido pelas chamas. Após o incidente, o motorista disse que quando transportava as lascas de teca, dois pneus haviam estourado e ele parou a carreta no pátio do posto para aguardar a troca. Ele suspeita que o incêndio tenha sido ocasionando porque as tiras da borracha dos pneus bateram na madeira da carroceria durante o deslocamento até o posto.
Issac Francisco do Carmo agradeceu ao soldado, por tê-lo acordado e prestado todo o apoio durante a ocorrência. “Sou muito grato a esse jovem policial, acredito que foi Deus que o enviou naquele momento, pois eu estava dormindo dentro da cabine do caminhão e não percebi que estava em chamas. Se ele não tivesse me acordado e retirado da cabine do caminhão, poderia estar morto nesse momento, e ele ainda me ajudou a desacoplar reboque, por isso só tenho a agradecer”.
Há 10 anos na PM e há dois atuando no Gefron, o soldado José Luiz da Silva Sebalho se emocionou por ter ajudado a salvar uma vida. “Eu me sinto muito feliz, com a sensação de dever cumprido. Quando o motorista acordou, ficou muito abalado ao ver a carga pegando fogo, que é fonte do seu trabalho. Então, eu conversei com ele e tentei tranquilizá-lo, pois o mais importante conseguimos salvar, que é a vida dele”. Aos 32 anos de idade, o oficial afirmou que este é um dos ensinamentos frutos da convivência dentro do Gefron. “Construímos uma família, que nos incentiva a sempre cumprir nosso dever como policial e como cidadão”.