Redação Site – Entidades protetoras dos animais vão acionar a Delegacia de Meio Ambiente e Polícia Civil para apurar quem está envenenando gatos no bairro Coophamil, na capital. Os envenenamentos começaram há cerca de um mês, na Avenida Manoel Ramos Lino. Vários bichanos apareceram mortos nas garagens e áreas de estacionamento dos prédios.
Neste sábado, 01.09., outro felino apareceu envenenado no pátio do Edifício Beatriz. Apresentava os olhos abertos e as patas esticadas, característica clara de envenenamento, segundo veterinários consultados. Somente neste prédio, oito gatos foram envenenados em agosto/2018.
Trata-se de um crime bárbaro, já perpetrado anos atrás no mesmo edifício, sempre motivado pelo fato de alguns bichanos insistirem em dormitar no teto dos carros. Na época, um morador foi ouvido na Delegacia de Meio Ambiente, pelo fato de ser um dos que implicavam com os gatos. A chacina anterior chegou a 20 gatos, encontrados mortos ou agonizantes no pátio e garagens do referido prédio. Outros podem ter sido mortos e descartados rapidamente pelos assassinos. Por meses seguidos, não se viu nenhum felino na área.
Atualmente, alguns condôminos anunciaram estar dispostos a “dar um jeito” nos gatos em trânsito no dito imóvel, explícita ameaça de morte. Mas nenhum deles assumiu a autoria da chacina, até agora.
POLÍCIA ACIONADA
Informada do ocorrido, a ecologista Hortência Júlia de Aguiar, funcionária da Polícia Judiciária Civil, disse que “essa denúncia merece ser apurada na íntegra e os criminosos devidamente punidos, com base nas leis vigentes de proteção animal”. Ela salientou que tem colegas identicamente simpáticos à causa animal na Polícia Judiciária Civil da capital, a exemplo da policial Ivone, que mantém uma chácara como domicílio dos bichanos encontrados abandonados pelas ruas.
“Ivone estará empenhada para que a Polícia possa levantar a identidade desse(s) criminosos(s), posso garantir”, adiantou Hortência. “Vamos acionar também o sargento Vidal, da Polícia Militar, defensor tenaz dos animais e membro de entidades protetoras dos bichos na capital”.
Ela adiantou ainda que o sargento Vidal terá interesse em conhecer “in loco” o local da chacina. “Pelo que conheço de sua atuação em defesa dos bichos, vai fazer questão de ir pessoalmente ao Coophamil, a fim de auxiliar nas investigações. Quem está fazendo tal barbaridade será descoberto, e com certeza vai responder pelo crime perante a Justiça, isto eu posso garantir. Não se mata animais impunemente”.
Hortência disse que os grupos de defesa dos animais podem tentar capturar os bichanos em situação de risco na área. “Gatos são ágeis, altamente esquivos, mas tentaremos retirá-los dessa área criminosa. E temos que fazer isto antes que sejam trucidados por esses covardes anônimos”, pontuou.