Pimenta: “Eles agiram de forma organizada para não soltar Lula”

Paulo Pimenta e Wadih Damous denunciaram as manobras e ilegalidades cometidas por Moro, PF e Gebran desde a emissão do alvará de soltura pelo TRF-4

Os deputados federais Paulo Pimenta e Wadih Damous concederam coletiva de imprensa na tarde deste domingo (8) para denunciar os detalhes das manobras promovidas pelo Juiz Sérgio Moro, junto a funcionários da Polícia Federal e do desembargador João Gebran Neto para impedir – de maneira completamente ilegal e inconstitucional – o cumprimento do alvará de soltura de Lula, deferido nesta manhã pelo TRF-4. Vale ressaltar que Moro está de férias. O juiz encontra-se em Portugal, inclusive.

De acordo os parlamentares, que durante a manhã estavam em condição de advogados do ex-presidente, o alvará de soltura já estava nas mãos da PF oficialmente e nada foi feito. Todas as medidas judiciais cabíveis nas cortes superiores serão tomadas contra mais uma “barbaridade judicial”, promovida pela turma do Paraná. Eles classificaram as medidas como “sequestro político”de Lula. Para Wadih, Moro atua como “capitão do mato”de Lula e o juiz será processado.

“Chegamos na Polícia Federal no início da manhã e começamos s perceber um processo de protelação por parte da Polícia Federal que, claramente, não queria cumprir a ordem judicial. Em um determinado momento, fomos informados, sem nenhum constrangimento da parte deles, que eles estavam seguindo uma orientação de Moro. Mas Moro está de ferias em Portugal, sem jurisdição e ele passou essa orientação sem ser oficialmente”, denunciou Pimenta.

De acordo com ele, apenas depois de questionarem a ação protelatória de servidores da PF chegou um documento do juiz de primeira instância, ainda assim, não cabe a ele questionar ou não uma decisão como essa. “Vimos aqui que Moro, o delegado e o MPF agiram de forma organizada para que a decisão não fosse cumprida”.

Para Wadih, Moro perdeu qualquer puder de atuar na ilegalidade e promover a perseguição a Lula. Questionado sobre a posição do ex-presidente, Wadih fosse que Lula estava “cético”de que deixariam a decisão judicial ser cumprida, mas que agora caberá à sua defesa recorrer. “É uma aberração, aqui se consumou um sequestro político. Hoje Moro cometeu crime e a Lava Jato é hoje um método de fascista de julgamento e processo. Moro é um símbolo da anarquia que impera no poder judiciário. Ele mandou desobedecer a ordem de um desembargador que é superior a ele”.

Da Redação da Agência PT de Notícias