“Pega ladrão” da Lava-Jato agora no encalço de outros graúdos da política

Pela imposição da corrupção no setor público, o Brasil se tornou conhecido internacionalmente como reduto de ladrões de colarinho branco

Por Editor-Geral – “Não adianta fugir para lugar nenhum: mesmo que saiam do Brasil, ainda existe a Interpol, capaz de colocar as garras gradeadas nos praticantes de ilícitos diversos”. Esse é o recado de quem milita na esfera superior da Justiça. Recado direto aos políticos corruptos, que já não sabem como agir para se livrar de prisão breve, conforme andamento célere dos processos judiciais em curso da Operação Lava-Jato.

Deve ser destacado que a Polícia Federal tem trabalhado firme nos últimos anos para conter e expurgar esse mar de lama corrupto. E os resultados estão sendo contabilizados com prisões inimagináveis até pouco tempo: ex-governador Sérgio Cabral, ex-ministros, ex-senadores, ex-deputados, etc.

Depois que o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva jogou a toalha – a prisão mais questionada não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro -, nenhum corrupto duvida de que sua hora também vai chegar. Lula cumpre pena atualmente na carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba-PR. Desde que foi conduzido à sua nova moradia encarcerada, os demais denunciados na Operação Lava-Jato arrepiam o corpo a cada mobilização dos policiais federais determinada pelo STF, STJ, PGR e outros segmentos do Judiciário.

Estão atualmente na mira da Justiça o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, senador Aécio Neves, Eunício Oliveira, presidente do Senado da República, deputados/ ex-deputados e um número significativo de gestores estaduais.Um dos que podem sequenciar o dominó carcerário de Lula é o ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, já condenado a 20 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e peculato (desvio). Azeredo tem mobilizado recursos seguidos para não ser preso.

No temor geral de ver o sol nascer quadrado, os denunciados agilizam respectivas defesas para barrar o cumprimento das penas impostas pela Justiça. O problema é que nenhum desses santinhos de pau-oco tem convencido a Justiça. O ex-ministro Antonio Palocci, por exemplo, teve ontem o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa negado pelo Supremo Tribunal Federal.

A exemplo do repeteco de desculpas que Lula dizia a cada acusação, e mesmo diante do juiz Sérgio Moro, todos afirmam ser “inocentes e querem colaborar com a Justiça integralmente”. Mas fica difícil acreditar nisso quando a maioria já cometeu algum deslize alarmante. Os escândalos pipocaram e continuam pipocando na mídia inteira: dinheiro nas cuecas, em banheira de hidromassagem, em apartamento, malas, paletós, etc…

É o Brasil que ninguém quer, na verdade: um país povoado de corruptos, grãs-finos engravatados, portadores de maletas repletas de dinheiro ilícito, sem qualquer compromisso com seus habitantes. Uma legião oficializada como praticantes de corrupção deslavada. E muitos deles estão novamente aí, a postos para serem reconduzidos a cargos que possibilitam a continuidade dessa roubalheira tradicional.

É um bom momento para o povo brasileiro repensar se vale a pena direcionar seu voto para franquear a entrada de ladrões no setor público.

 

 

 

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