Paço Imperial, no Rio, recebe exposição Patrimônios do Norte

Mostrar para todo o Brasil o que há no Norte, enfatizando o que há de mais valioso na cultura desta região, refletindo a multiplicidade de seus bens culturais, dentro de um país tão grandioso e diverso, é a proposta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), ao promover a Exposição Patrimônios do Norte. A mostra, que estará aberta a visitação a partir desta quarta-feira (19), no Centro Cultural Paço Imperial, no Rio de Janeiro (RJ), visa promover a sociobiodiversidade amazônica, propondo o reconhecimento da cultura e das tradições nortistas como relevantes componentes para formação da identidade do povo brasileiro.
Formada por sete estados (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), a região Norte possui manifestações culturais típicas, como a Arte Kusiwa – Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi, do Amapá, e o Círio de Nazaré, de Belém, que são expressões reconhecias como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Além de ter um grandioso patrimônio natural, suas edificações e sítios arqueológicos ajudam a contar a história do Brasil. Neste contexto, a Exposição Patrimônios do Norte reúne cerca de 200 fotografias, vídeos e objetos que revelam a riqueza e a beleza dos bens culturais da região.

A mostra, dividida em quatro segmentos (Expedições científicas e artísticas, bens registrados e tombados pelo Iphan, patrimônio indígena e artistas contemporâneos), contou com a participação do Museu do Índio, do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, do Sítio Burle Marx, do Arquivo Noronha Santos, do Instituto Moreira Salles e do Museu de Arte do Rio, e tem a curadoria de Luciana Carvalho, Marcelo Campos e Thiago Oliveira.

Ministro Sérgio Sá Leitão (à direita) participa do lançamento da Exposição Patrimônios do Norte, no Rio de Janeiro. Foto: Ronaldo Caldas (Ascom/MinC)
A região Norte está no bioma Amazônia, que se caracteriza por uma variedade de ecossistemas, como florestas densas de terra firme, florestas estacionais, florestas de igapó, campos alagados, várzeas, savanas, refúgios montanhosos e formações pioneiras. Todo o território é entrecortado por cursos d’água abundantes, que perfazem uma hidrografia inigualável no país. Não só porque no Norte está o Amazonas, maior rio do mundo em volume de água e segundo maior em extensão, mas porque para ele confluem inúmeros afluentes de grandes extensões, cujas bacias se compõem de rios menores, igarapés, igapós e lagos perenes e sazonais.
Para além da biodiversidade que o bioma Amazônia encerra, os diferentes ecossistemas que o compõem são berço de uma sociodiversidade ímpar. Populações urbanas de metrópoles como Manaus e Belém, ou de cidades pequenas e médias; populações rurais; povos indígenas; colonos e migrantes; comunidades ribeirinhas, quilombolas e um sem número de grupos extrativistas dotados de características específicas criam, no Norte do Brasil, um mosaico étnico-cultural cujo valor é indissociável do ambiente em que se insere.

Serviço

Exposição Patrimônio do Norte
Data: de 19 de setembro a 25 de novembro
Horário: de terça a sexta, das 12h às 19h. Sábados, domingo e feriados, das 12h às 16h
Local: Centro Cultural Paço Imperial
Endereço: Praça Quinze de Novembro, 48 – Centro, Rio de Janeiro – RJ
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
Ministério da Cultura