OPERAÇÕES ESPECIAIS: curso prepara policiais em MT para lidar com situações de extremo risco

Para o curso foram selecionados 42  profissionais de segurança pública da  Polícia Civil (Regionais, GOE e GOA), Polícia Militar (Rotam), Polícia Rodoviária Federal,  Polícia Federal, e as Polícias Civil do Rio Grande do Sul  e Mato Grosso do Sul.

Assessoria | PJC-MT – Submetidos a intenso treinamento que leva à exaustão física do corpo e da mente é a rotina vivenciada pelos alunos do Curso de Operações Policiais (COP), promovido pela Gerência de Operações Especiais (GOE) e Academia de Polícia Civil (Acadepol). O curso começou no dia 9 de março, com término previsto para o dia 29 deste mês.

Para o curso foram selecionados 42  profissionais de segurança pública da  Polícia Civil (Regionais, GOE e GOA), Polícia Militar (Rotam), Polícia Rodoviária Federal,  Polícia Federal, e as Polícias Civil do Rio Grande do Sul  e Mato Grosso do Sul.

Todos foram aprovados após teste de aptidão física (TAF). Mas, devido ao alto grau de dificuldade da capacitação, 26 alunos desistiram ou foram reprovados nas disciplinas que exigem do policial preparo físico e psicológico. “O aluno passa por vários momentos de estresse para verificar se tem as condições mínimas para atuar na gerência de atividades especiais. O curso mais completo seria o COTE (Curso de Operações Táticas Especiais) e o COP, antecede o COTE. Esse é um curso extremamente difícil, tanto é que dos 42 anos que iniciaram, somente 16 policiais permanecem. A união que se faz em virtude desse curso e a mudança de comportamento do policial são nítidas, visíveis”, explica o delegado e chefe do GOE, Ramiro Mathias, que também é aluno do curso.

Situações extremas

Os 16 policiais que continuam no treinamento são submetidos à intensa carga de treinamento, buscando prepará-los para lidar com situações extremas de estresse e perigo, em ocorrências de alta complexidade em que a técnica e  o controle emocional farão a diferença na preservação de sua vida e de pessoas.

De acordo com coordenador do COP, investigador Edcarlos da Silva Campos, os alunos estão recebendo aulas teóricas e práticas que exigem muito preparo psicológico e físico. “É um curso muito difícil em que o policial é preparado para atuar em uma unidade de operações especiais, para atender ocorrências de alto risco e  complexidade”, disse.

As aulas são realizadas em ambientes rurais e urbanos, na água e no ar, com instruções que começam nas primeiras horas da manhã e que não têm hora para terminar. As disciplinas preparam o policial para ocorrências de grave risco e proporcionam conhecimento técnico e tático para servidores no âmbito da segurança pública, além de desenvolver competências necessárias para gerenciar crise, prestar primeiros socorros, conhecimentos em direitos humanos, transposição de obstáculos, lidar com explosivos, aprimoramento de técnicas de tiros, com variados modelos de armamentos, entre outros.

O delegado diretor da Acadepol, Carlos Fernando da Cunha, disse que o curso é de alto nível e servirá de referência para realização de outras qualificações. “Desde que estou na Polícia Civil nunca houve um curso dessa qualidade. É uma referência. Está em um nível que nunca foi feito”, pontuou.

O I Curso de Operações Policiais (COP) tem carga horária de aproximadamente 200 horas/aulas. Os instrutores são experientes policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Divisão de Operações Especiais (DOE), da Polícia Civil do Distrito Federal, do Grupo Tático 3 da Polícia Civil de Goiás, da Rotam, do Corpo de Bombeiros-MT, do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), Centro Integrado de Operações Especiais Aérea (Ciopaer), o Grupo de Operações Tática Especiais da Polícia Civil do Tocantins, da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestro (Garras) da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

O instrutor  GOE, investigador Jairo Santana do Nascimento, ministrou uma das disciplinas, que é voltada a trabalhar o espírito de corpo e união entre os alunos. “O curso exige muito do operador, tanto a parte física quanto a psicologia. Trabalhamos num grau elevado e neste final de semana tivemos atividade na água, adaptação ao meio aquático, para testar as habilidades no meio aquático”, explicou.