OMO OYA: Pacha Ana lança álbum de estreia nas praças do Jardim Vitória e Pedra 90

Em 14 faixas Pacha Ana imprime em seu álbum vivências que remetem ao empoderamento feminino, a luta do povo negro e espiritualidade

André Garcia Santana – Em celebração às ancestralidades africanas, batidas de rap e maracatu se misturam para construir a musicalidade de Pacha Ana. Sob a proposta de descentralização da arte, ela lança OMO OYA, seu primeiro álbum, nesta sexta-feira (31), na Capital. O local da apresentação, Jardim Vitória, foi indicado em projeto seu, contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura.

A programação inclui discotecagem do DJ Taba, apresentação de Kynaju, Ahgave + Agrocypher, dos rappers do coletivo Crioulo, Freeword e da Produtora Osíris, de 19h às 23h.

O projeto prevê ainda uma apresentação no sábado (01/09), no bairro Pedra 90. Na data haverá shows com a banda Souljack, a banca de MC’s FDC e Resumo Periférico, OCD Sounds, live painting com Morett, Pesto23 e Batalha de MC’s, das 18h às 22h.

Os shows são gratuitos e acontecem nas principais praças dos dois bairros. “Escolhemos dois bairros afastados por sabermos que o meio cultural fica, muitas vezes, restrito ao público do centro das cidades. Além do mais, o rap é um estilo oriundo da periferia, então nada mais coerente do que fazer esse estreia ali”, explica a rapper.

O Secretário de Cultura, Esporte e Turismo, Francisco Vuolo, destaca que a aprovação do trabalho foi viabilizada por edital do Conselho Municipal, ainda em 2017. No total há 31 inciativas contempladas em andamento. “Os editais são anuais e abrangem todos os segmentos da cultura. A partir dessas várias frentes, abrem-se novos horizontes para público e artistas.”

Em 14 faixas Pacha Ana imprime em seu álbum vivências que remetem ao empoderamento feminino, a luta do povo negro e espiritualidade. Foi este último item que inspirou o título do trabalho: no idioma yorubá, OMO OYA significa “filha de Iansã”. O disco também conta com participações de Ahgave, Kessidy, Knk, Karola Nunes e Andrew Fya.

“Quando começamos o projeto, seriam gravadas apenas cinco músicas, mas com esforço meu e da produtora, conseguimos chegar a essas 14. O show é aberto, quero que todos possam ir e que a música atinja esse público. Isso é o que me deixaria mais feliz”, finaliza.