“Que poder tem a música de nos contagiar de maneiras diferentes! Uns ficam quedados numa muda contemplação de virtudes natas de quem a domina, enquanto outros aplaudem entusiasticamente cada nota musical; presente oriundo de afinadíssimas cordas vocais. É o caso de Akane Lizuka…”
Por João Carlos de Queiroz – A carismática Akane Lizuka consegue conceber inusitadas emanações a cada apresentação de pura delícia extasiante nas noites cuiabanas. Também no último dia 19, sempre acompanhada do seu não menos talentoso parceiro Claudiney, ela conseguiu arregimentar legião sequencial de aplausos, gritos e assovios entusiásticos. Show de dimensões arrepiantes. Mal Akane anunciava a próxima canção, com forte sotaque japonês, o ambiente pipocava em júbilo reconhecido. Não é é comum encontrarmos um diamante musical lapidado com tanta maestria.
Daí meu reconhecimento pessoal ao trabalho idealista dessa cantora procedente de terras longínquas. Profissional de sorriso cândido e olhar penetrante, de quem vê muito além do semblante das pessoas, adentrando naturalmente pelo âmago humano.
Lizuka interpreta as composições de forma sincera, amorosamente debruçada sobre os mistérios da letra e notas intempestivas. Pura arte! Ela empresta inestimável valor à música, simultaneamente enobrecendo os que a assistem e ouvem seu canto mavioso. Assim, magicamente, ainda esculpe silhuetas de felicidade gratificante, integrando-se à própria construção musical em curso.
Akane e seu parceiro, o violonista Claudiney, formam mais do que uma dupla predestinada a expandir música de legítima qualidade a ouvidos atentos nos ambientes onde eles costumam se apresentar e, também, a transeuntes ocasionais na área. Basta um simples anúncio de que os músicos estarão em determinado lugar para, na data da apresentação, ficar difícil conseguir alguma mesa. Ou até mesmo uma simples cadeira. Todas as atenções ficam merecidamente direcionadas ao pequeno palco de show musical inimaginável quando a impactante Akane e o o violonista Claudiney ocupam seus postos de rainha/rei.