CHAPECÓ, Santa Catarina – Nos próximos meses, chega ao Brasil o Nissan LEAF, carro 100% elétrico mais vendido do mundo. Mas a Nissan quer ir além de disponibilizar o modelo para os consumidores. A empresa vem promovendo ações e parcerias para desenvolver o ciclo completo do veículo elétrico no país e, por isso, apoiou o primeiro treinamento de bombeiros para salvamento em acidentes de trânsito com carros elétricos.
O assunto foi tema de uma das 12 oficinas do maior treinamento de resgate veicular da América Latina, o Holmatro Rescue Experience, que aconteceu em Chapecó, Santa Catarina, e reuniu mais de 170 bombeiros de todo o país. Com isso, a Nissan contribui para inserir os bombeiros brasileiros nesta nova realidade do setor automotivo mundial.
A oficina de carros elétricos contou com treinamento teórico, ministrado por um especialista da Nissan, e também prático, com a utilização de modelos Nissan LEAF na simulação dos resgates. Assim, representantes de equipes de bombeiros de 17 estados do Brasil puderam aprender as principais características de um veículo elétrico, os pontos de avaliação deles no momento de um resgate, os procedimentos para desligamento do sistema de energia e como proceder nas intervenções. Para ser ainda mais realista, a simulação incluiu o corte da carroceria dos carros para acesso aos ocupantes.
Os carros elétricos são veículos modernos e, no caso do Nissan LEAF, com os mais avançados recursos de segurança veicular. Isso é uma garantia de proteção aos ocupantes, mas estes carros têm algumas características e arquitetura diferenciada de carroceria, por isso é importante que os bombeiros se familiarizem com esta novidade, já que temos certeza de que os automóveis elétricos vão ser presença cada vez mais comum nas ruas e estradas do Brasil, afirma Flávio Presezniak, gerente de projetos especiais da Nissan do Brasil.
Ciclo de vida completo do carro elétrico
Preparando-se para a comercialização oficial no Brasil do modelo 100% elétrico mais vendido do mundo, o Nissan LEAF – atualmente, em pré-venda –, a Nissan busca incentivar as pesquisas e desenvolver o ciclo de vida completo do carro elétrico no país. Tanto que vem desenvolvendo parcerias locais com universidades e instituições para o estudo e criação de tecnologias e infraestrutura com foco na mobilidade elétrica, como é o caso do acordo assinado recentemente com a Unicamp.
No ano passado, por exemplo, a empresa e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) assinaram um Memorando de Entendimento com o objetivo de estudar soluções para o futuro das baterias usadas de veículos elétricos. Durante o Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro do ano passado, a Nissan e a UFSC demonstraram na prática uma das possibilidades de uso das baterias de segunda vida do Nissan LEAF. Os conjuntos foram utilizados no fornecimento de energia para a iluminação de uma área do estande da marca japonesa. Também no salão, a empresa firmou uma parceria com a Enel X para promover conjuntamente atividades para o desenvolvimento de soluções de mobilidade elétrica no país.
Já em fevereiro de 2019, teve início a parceria com o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) e o Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (ITAI), cujo foco é o desenvolvimento nacional de carregadores bidirecionais para veículos elétricos. Esses carregadores criam um novo ecossistema fazendo com que os carros funcionem como uma solução para compartilhamento de energia com a casa do consumidor, edifícios comerciais e a rede. Os pesquisadores estão utilizando o Nissan LEAF para estudar também o impacto desses carregamentos na rede elétrica brasileira. O carro 100% elétrico mais vendido no mundo é o modelo ideal para a pesquisa e desenvolvimento dessas novas tecnologias, por ser capaz de devolver energia para a rede por meio do sistema Vehicle-to-Grid (V2G), que o torna uma espécie de “bateria sobre rodas”.
No mês passado, foi a vez da Nissan assinar com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) um contrato para pesquisar o uso do biocombustível como uma opção para a mobilidade elétrica. Com isso, a Nissan busca avaliar e viabilizar diferentes formas de alimentação para os veículos elétricos visando atender às preferências regionais de matriz energética em todo o mundo. No caso do bioetanol, por exemplo, a empresa desenvolve pesquisas desde 2016 para usá-lo em conjunto com soluções de eletrificação. Na época, a empresa apresentou mundialmente no Brasil o primeiro protótipo e começou a estudar um veículo movido por uma Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC), que funciona com energia elétrica gerada por meio da reação eletroquímica do etanol.
Apesar da utilização do etanol, não se trata de um conjunto híbrido, já que não há combustão. O álcool entra no sistema apenas para produzir, por meio de uma reação química, o hidrogênio. O elemento químico, por sua vez, será responsável por abastecer a célula de combustível, que gera a eletricidade. A combinação dessa com outras duas tecnologias, o motor e as baterias elétricas que têm como base o conjunto tecnológico do Nissan LEAF, garante ao Nissan SOFC uma autonomia superior a 600 km.
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