A Bíblia Sagrada já conta, de cor e salteado, toda a via sacra que caracterizou o calvário de Jesus, imolado cruelmente pelos romanos, sob ovação de aplausos sórdidos daqueles que Cristo tanto auxiliava. Mas, pelo que consta, de nada adiantou o Cordeiro de Deus ter dado a própria vida para salvar seus “irmãos”, a cada dia mais pecadores: o mundo simplesmente desandou no pecado, e, pior, não tem emitido a menor vontade de mudar esse estado de coisas.
Agora, para piorar, veio a pandemia, vorazmente sedenta de vidas pecadoras ou inocentes, sabe-se lá por quê. Afinal, quem somos nós para julgar os desígnios de Deus, o dono dos nossos destinos?
Melhor então rezar, e rezar muito, no sentido de que dias melhores estão por vir. Principalmente, que esse pesadelo sinistro se torne apenas lembrança tênue, em futuro breve. Pois o choro contido ou aberto de milhões de pessoas enlutadas embasou, por ora, o planeta Terra, obscurecendo qualquer perspectiva feliz.
Enfim, vamos nos espelhar no exemplo de Jesus, nos seus passos esforçados para tentar levar a bestialidade humana a caminhos racionais. Pelo visto, foi um propósito inútil, desde então. Mas sua figura sofredora na cruz, desde então, se tornou lenda palpitante nos corações dos poucos ainda imbuídos de autêntica fé cristã.
Talvez isso possa fazer diferença na somatória de saldos à frente, quando essa maldita pandemia tiver sido debelada de vez.
Uma Sexta-Feira Santa de paz a todos!
Por João Carlos de Queiroz