“Fim de ano é época de massacre impiedoso até de bebês suínos”

Por Patrícia A. de Mattos – Conforme aconteceu no Natal, e também vai se repetir nesta virada do ano, quando o mundo inteiro vai estender saudação comemorativa à chegada de 2020, será preparada muita comida à base de animais de toda espécie. Todos imolados de forma até covarde, a fim de garantir os preparativos rápidos do banquete glutão da massa humana. Banquete que ainda rotulam de “Santa Ceia”. Somente nos EUA, são imolados 120 milhões de porcos durante tais festejos.

Não é um ritual exclusivo dos católicos, deve ser frisado, mas de seguidores de outras religiões, até mesmo por parte de ateus e agnósticos.

Há quem se divirta, inclusive, em embebedar um peru antes de degolá-lo, gargalhando ao assistir os passos trôpegos do pobre condenado. Assemelha-se à cena em que Jesus, sem forças, caía pelas ruas carregando a cruz, enquanto os soldados romanos o chibateavam sem piedade, para deleite zombeteiro de quantos assistiam o Seu calvário.

Seja na zona rural ou urbana, há quem se divirta também ao contabilizar quantas pauladas um suíno ou cordeiro aguenta antes de desmaiar e ser apunhalado fatalmente no coração. Os estertores e gritos de dor do animal moribundo é sempre motivo de troça para esses infelizes insensíveis.

Conheci um ministro de igreja que dizia fazer questão de “carnear” um carneiro ou porco. “Já enfio o punhal direto no coração, e então seguro o bicho bem firme, até ele cair”, contava fanfarrão sanguinário. Talvez um dia alguém o apunhale também da mesma maneira…

Um vizinho agia da mesma maneira, sorrindo feliz ao adiantar que pretendia “carnear” os suínos que mantinha presos numa gaiola na véspera de Natal e Ano Novo. “Olha lá a cara deles, já sabem que vão cair na faca”, divertia-se com o próprio comentário. Morreu de câncer sofrido, alastrado no estômago, sendo comido vivo durante meses…

Defuntinhos suínos nos açougues

Os que não participam diretamente dessas matanças sucessivas, mantendo-se à parte, distantes, não estão isentos de idêntico pecado, pois são cúmplices reais a partir do instante em que compram carne. Isso gera o gatilho do consumo carnívoro.

Existe ainda uma outra questão: quem está a postos na mesa, armado de garfo e faca, à espera de ser servido, nem imagina o que aqueles pequenos defuntos – assados ou cozidos – sofreram para estar ali, na condição de protagonistas das festividades de fim de ano e outras.

É incrível, aliás, como o homem devora tudo sem pestanejar, transformando o próprio corpo num cemitério eterno de animais. Porque, após a digestão e o consequente descarte fecal, outros pedaços de defuntinhos adentram no estômago para cumprir o mesmo processo fisiológico. Algumas fibras da carne animal demoram 60 dias para serem diluídas por completo.

O lado triste das festas de fim de ano

O fato é que o final de ano é uma época que mescla alegria (pela comemoração do Nascimento de Jesus Cristo) com muita tristeza. Representa o óbito de centenas de milhões de animais destinados a saciar a gula de festeiros. E isso acontece com a frieza típica dos sanguinários membros do Estado Islâmico: os ditos racionais Imolam suínos, ovinos, bovinos, aves, coelhos, etc. E fazem festa ululante ao retirar uma cabeça de suíno ou bovino da churrasqueira, degustando os miolos cerebrais com ar de quem saboreia um manjar.

Jesus, com certeza não aprovaria nada disso: deve assistir, com certo nojo, essa ânsia tradicional dos animais humanos em devorar as dóceis os “pequeninos” que ele fez questão de preservar na Arca de Noé. A pior praga destruidora de todos os tempos, por conseguinte, tem nome bem conhecido: é o homem. O homem não aceita que os animais sejam igualmente dotados de sentimentos inerentes à sua pérfida raça, ainda que insista em rotulá-los de forma inferior, portadores de “instinto”.

Na verdade, segundo os estudiosos, reside aí um desculpa disfarçada e cínica do nada nobre homem para consumir os seres viventes que comungam pensamentos e sentimentos inerentes

Velório de cães e outros bichos é prática comum em vários países 

Enquanto alguns realizam até velório para homenagear a partida de um animal de criação, seja cachorro, gato, porco, etc., outros ignoram essa condição fúnebre e elegem algum bicho como principal prato escolhido para o banquete natalino e de Ano Novo.

Quem já viu um porco inteiro assado em cima de uma mesa, sendo destroçado por mãos gulosas em minutos, certamente pensou algo parecido. É como se um monte de urubus caísse em cima da carniça..,

Nesse ponto, grande parte do povo indiano é mais evoluída. Enquanto nos países asiáticos cachorros e gatos viram petiscos festivos, os indianos aderiram ao vegetarianismo. Por lá, bovinos andam tranquilamente pelas ruas, sem se tornarem alvo de uma punhalada mortal ou de marretada.

Infelizmente, no Brasil e em outros pontos do Planeta já é bem diferente, principalmente depois da alta abusiva de preços que o governo fez vista grossa: foi a gota d’água para muitos criminosos recorrerem a outras alternativas de lucros. Milhares de pessoas andam comendo carne de cachorro e até humana pensando que é de porco. Basta lembrar o empadão nordestino que um professor de artes marciais servia com sucesso numa praça pública até há pouco tempo: era recheado com carne das pessoas que assassinara.

 

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