Não morra de próstata por machismo…

Há uma piada que diz o seguinte: ao ser submetido a um exame de próstata, toque retal, o paciente colocou um revólver ao lado da cama e instruiu o médico: "Se eu gostar, pode atirar pra matar, doutor". Essa e outras piadas tentam disfarçar a realidade sinistra que uma próstata doente impõe ao homem quando não é tratada a tempo...

Tradicionalmente, o machismo se sobrepõe a qualquer temor que possa ameaçar nossa saúde. Uma das relutâncias mais famosas se prende ao exame de toque retal, quando o dedo do urologista  {calçado com luvas e lubrificado com gel} verifica detidamente se há alterações na próstata (inchaço, tumores, etc.).

Trata-se de exame mais preciso do que qualquer ultrassom ou mesmo de sangue, afirmam especialistas da área. É a partir desse “toque” que tumores em franca evolução foram barrados a tempo de impedir sofridas etapas hospitalares e consequentes óbitos.

O maior problema é que, de cada 10 homens acometidos de incômodos diversos na próstata, mais da metade relutam a se submeter a esse exame, sob alegação de “não ser coisa de macho”. Pouco importa se já enfrentam disfunção erétil, dificuldades constants em urinar, dores na uretra, rins, pressão alta, etc.

Dissimuladamente, uma próstata doente realiza mágicas terríveis no nosso organismo, a exemplo da implosão de órgãos essenciais ao funcionamento geral do corpo. Daí o grande número de óbitos por causa da próstata no mundo inteiro, a despeito das campanhas feitas para alertar a gravidade dessa doença. As várias piadas feitas em torno do exame de toque perdem graça a cada funeral…