Muitos brasileiros dizem aguardar a morte em casa. “Não há como fugir dessa pandemia…”

"Se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come..." Esse velho ditame popular retrata parte da grave situação vivenciada pelo povo brasileiro e outras populações do planeta: com a sequência fenomenal de óbitos causados pelo novo coronavírus, poucos acreditam que as medidas de distanciamento social ou quarenta absoluta tenham algum efeito prático para coibir o avanço letal da doença..

O que antes parecia mero exagero, ou simples invencionice de governantes interessados em atrair recursos da OMS, hoje está assinalado como um dos maiores terrores seculares protagonizados na Terra: a sequência interminável de milhares de vítimas fatais causadas pelo novo coronavírus tem desestruturado governos, a economia mundial e o sentimento otimista da sociedade, em geral; principalmente dos que apostavam numa pandemia passageira. O futuro do mundo, até mesmo da sobrevivência humana, é decididamente incógnito.

Há meses, não é segredo, a covid-19 conseguiu esgotar a capacidade de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva do Brasil e mesmo de covas em cemitérios, sem espaço para comportar tantos defuntos sequenciais. Ambulâncias do SAMU fazem fila diária na porta dos hospitais à espera de vagas, enquanto muitos pacientes agonizam nas macas, com asfixia. Os condutores são obrigados a realizar verdadeira maratona de porta em porta nas unidades hospitalares. O Brasil, é a pura realidade, jamais esteve preparado para uma situação dessa envergadura: pode-se dizer que o “defunto chegou e não há caixão pra ele’.

Essa superlotação hospitalar é deveras preocupante, principalmente porque as mortes, decorrentes dessa pandemia, não registram nenhuma redução animadora, pelo contrário: as notícias de proliferação e números das baixas confirmadas pelo novo coronavírus se assimilam a competições equinas, porém com finais sempre funestos. A todo momento, as emissoras de TV e rádio anunciam: “Mais uma vez, o Brasil assumiu a liderança de mortes diárias pela covid-19, ultrapassando os países que detinham tal posição”. É uma posição de liderança que jamais deveríamos ocupar…

Na verdade, poucos brasileiros acreditam que as precauções recomendadas pelo Ministério da Saúde {e respectivas secretarias municipais e estaduais da área} vão debelar o avanço do contágio. Muitos disseram ter tomado todos os cuidados básicos, inserindo o uso de luvas e máscaras dentro do próprio recinto domiciliar, além de substituição imediata de roupas e desinfecção de objetos e veículos, no ato de alguma saída para compras.

Há casais que até já “deletaram contato sexual” desde que o novo coronavírus implantou suas impiedosas regras de vida e morte no mundo todo. No entanto, cuidados à parte, muitos foram infectados, sem saber exatamente como contraíram o vírus, cujo formato microscópio é semelhante a uma semente de mamona. Parece também adorno de bolo de festa de crianças. Mas é um enfeite maligno.

“O vírus se disfarça de “inexistente”, em alguns casos. É preciso estar atento para descobri-lo. Nem todos os exames atestam sua presença. A tomografia é o mais eficaz para detectar esse monstro mortal, invisível a olho nu”, diz paciente infectado e já curado

É o caso de Jorge, senhor idoso, que se recusava, há meses, até a cumprimentos de cotovelos e tudo o mais, conforme se tornou praxe preventiva nessa pandemia. O álcool gel e sabão, alardeia, passaram a ser produtos utilizados em excesso no seu lar e em eventuais deslocamentos a supermercados. Ou seja: Jorge armou-se de todos os cuidados básicos, mas o ardiloso coronavírus burlou as barreiras e infectou seus pulmões, criando capa quase letal em ambos. “Daí o cansaço que sempre tinha, e aquela angustiante falta de ar…”

Suspeitando de algo anormal –  visto que os exames anteriores de radiografia mostravam “pulmões limpos” -, Jorge fez uma tomografia, atestando positivo para a covid-19. “65% dos meus pulmões estavam comprometidos. A minha esposa teve sintomas ainda mais graves.Felizmente, essa fase já foi vencida, estamos bem agora…”

Outros pacientes relataram experiências atrozes, a exemplo de um enfermeiro licenciado do Pronto-Socorro {pediu para não ser identificado}. Cardíaco, ele sentiu indícios de sintomas da covid-19 há semanas, também refletidos, de forma mais impactante, na esposa idosa, igualmente cardíaca.

“O exame atestou negativo para covid-19, mas positivo para pneumonia na minha esposa. Eu estou bem. Ela, coitada, nem conseguia andar no início de tudo; eu a carreguei diversas vezes”.

Conhecedor da área clínica, o enfermeiro em questão sabe que a covid-19 é doença oportunista, instalando-se a partir da baixa imunidade das pessoas, paralelamente a outras doenças. “Pneumonia em idoso é prato cheio para essa praga”, concluiu.

Já sua filha, outra integrante da área profissional de saúde, conseguiu afastamento médico do serviço depois de sentir fortes sintomas da doença. Por enquanto, não recebeu nenhuma confirmação positiva de covid-19 via exames, mas está confinada em casa com as duas filhas crianças e o esposo; precaução que considera essencial.

“70% da população brasileira será infectada”, disse presidente

Muitos externam resignação de que a covid-19 irá mesmo atingir 70% da população, segundo sempre alardeou o presidente da República quando os primeiros casos foram oficialmente notificados. Prevalece dúvida crescente se o vírus também não circula pelo ar, bastando o simples processo de respiração para infectar as pessoas. “Se for desse jeito, vai entrar na casa de qualquer um. Nem adianta se esconder debaixo da cama, ele vai pegar o cidadão”, observa o enfermeiro.

Temores à parte, ele recomenda que é preciso manter vigilância na adoção das precauções recomendadas pelos órgãos de saúde. “O ideal é seguirmos à risca toda a cartilha de orientação para evitar a propagação do vírus, a exemplo de distanciamento social, evitando sair às ruas ao máximo, apenas em casos essenciais” (compras de produtos alimentares e farmacêuticos).

No geral, todos acreditam que o novo coronavírus é uma praga com conotação divina, pois poupa os animais em geral, atingindo apenas o animal-homem. “Os cientistas é que dizem haver essa relação entre o consumo de morcegos, ratos, cachorros, pelo povo chinês e outros orientais, e o surgimento desse vírus, não sei. Enfim, a Ciência tem buscado provas, e alguma descoberta deve redundar disso aí”.

Por Redação Site

 

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